sábado, 14 de agosto de 2010

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No final do mês passado decidi dar férias de Verão ao blogue e até fiz um post todo infanto-juvenil alusivo a essa decisão e tudo. A resolução foi boa e as férias estão a roçar o sublime mas, enfim, estar de férias tem as suas coisas, algumas das quais merecedoras de reflexão mesmo quando alguns energúmenos, que afinal respiram o mesmo tipo de ar que eu, se aborrecem com este bonito espaço que insisto em poluir em prol da felicidade alheia. Afinal de contas e ainda bem para vocês todo eu sou altruísta, daqueles que investe um lote inteiro de sinceridade nos "é a vida" e "isto custa a todos, amiga" ditos às romenas gordas que se sentam de mão em riste à porta dos supermercados. Seguindo a marinha, então. Entre outras coisas, estive uns dias numa ilha portuguesa genial sobre a qual posso dar uma pista - não tem aeroporto e não, não é a ilha de Tavira, seus hippies endinheirados e irritantes que passam a vida a pensar no Sudoeste e no Avante. Isolado e de cabelo rapado, passei dos melhores dias do ano num sítio onde a merda de gaivota abunda com tanta naturalidade como o número de telemóvel do Cláudio Ramos nas portas das casas de banho do Frágil. Qual Robinson Crusoe, nada fiz além de apanhar sol e alimentar-me do que o mar me deu, num lugar que a pecar teria de ser pelo excesso do tipo de pessoas que insiste em voltar à terra mãe para treinar o dialecto franco-português em público e que entre a falta de jeito para educar os filhos e ignorar o código da estrada - porque "lá fora não é nada disto", lá se vislumbra um brasão de armas português tatuado entre umas tribais muito bonitas. É só amor patriótico, está visto. Numa festa recente contactei ainda em primeiro grau com as (ao que parece) famosas pulseiras Power Balance que garantem maior equilíbrio, força e flexibilidade. Sobre estas não há muito a dizer. Eu sou um natural born skeptic e portanto não acredito neste tipo de promessas. Já uma vez me prometeram horas de bom humor nacional e quando fui a ver era o DVD dos Malucos do Riso. Apesar disso, não tenho nada contra as pessoas que gastam trinta e tal euros numa pulseirinha palerma de silicone para aumentar o rendimento físico. Aliás, se eu mandasse na FPDD enchia os atletas destas pulseiras. Entretanto, o campeonato começou e o meu clube estreou-se a perder. Novamente, se eu mandasse ordenava que se fizessem equipamentos especiais para o Rui Patrício e amigos com o mesmo material holográfico/quântico/magnético (será possível dizer esta frase sem sentir a banha da cobra a escorrer no pulso?) das pulseiras do equilíbrio. Claro que isto é utópico, até porque se fosse mesmo eu a mandar já há muito que o rapaz não jogava e as trompas de falópio de todas as mulheres da família Patrício tinham sido laqueadas. E escusam de vir já com merdas, todos sabemos que os males se cortam pela raiz e encher o mundo de atrasados mentais não é propriamente servir a humanidade. Azia e anti-clubismo à parte: sou mesmo o único a achar que o Estádio da Luz dava um bonito cemitério? Bom resto de Agosto.

1 comentário:

O cavaleiro disse...

Não digas mal da power balance que ela funciona mesmo. Nao fales mal das coisas sem as experimentares! Hás-des experimentar pra ver se nao resulta e se nao ficas com mais força. e depois hás-des dizerme se nao funciona.