quarta-feira, 31 de março de 2010

An idea for a movie

Se aquele senhor no aeroporto não era o James Cameron quando me cruzar com a Mariza também não digo que vi uma Na'vi albina.

terça-feira, 30 de março de 2010

Ball hugger

Eu quando quero bater umas bolas vou a um clube de golf, alugo uns tacos e passo umas horas no green. O Cláudio Ramos telefona ao Nuno Eiró e vão a uma sauna qualquer.

Piss all over your hopes and dreams

Um pau de três bicos ou um sonho recorrente do Cláudio Ramos, dá no mesmo.

domingo, 28 de março de 2010

Dragging a dead priest

A vida sexual dos padres irlandeses é como o interior de um frango, está cheia de miúdos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Windy horse

Depois de comprar uma escova para os sapatos compro graxa. A Teresa Guilherme depois de comprar uma escova para os sapatos compra pasta de dentes.

Feminists, don't have a cow

Comer uma feminista do século XIX deve ser como usar calças de fazenda: muitos pelinhos, parece que nos estão a picar.

terça-feira, 23 de março de 2010

A son unique

Às vezes mando cagadas tão grandes que no fim fico à espera de um choro e que apareça uma enfermeira a dizer se é menino ou menina.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Hypnotic techno underwater encounter

Sou um cavalheiro. Se um dia tiver um encontro com a filha da Bibá Pitta farei questão de chegar uns minutos depois do combinado só para não se sentir a única atrasada.

Riddle of steel

Colhões de aço é aquilo que o Lance Armstrong não tem de certeza.

Karate schnitzel vs. Skate and annoy

Se uns podem...

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os outros também.

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Professor booty

A carteira ou a vida? A Vida, claro.

Worked up so sexual

A pior desculpa que uma puta pode dar ao marido é dizer que ficou retida no trabalho.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A flight and a crash

Se a hospedeira que um dia hei-de comer falar como falam todas ao microfone durante os voos, no fim bato-lhe.

Turn it around

Uma vez tentei dar a volta ao Fernando Mendes mas desisti, começou a doer-me a cabeça por causa do jet lag.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Everyone nose

Quando a mostarda chega ao nariz da La Toya Jackson ele entope.

Weird beard II

O António Feio ficou pelos cabelos com esta história do cancro e decidiu rapa-los.

Weird beard

Tenho a barba rala, parece o cabelo do António Feio.

terça-feira, 9 de março de 2010

None

Hoje a fila para a caixa do supermercado estava muito longa. Não gosto de esperar em filas e duvido que haja alguém que goste, é como aquelas pessoas que dizem odiar ir ao dentista convencidas de que são as únicas e que o asco que sentem a ter uma tipa qualquer (no meu caso é uma dentista que até nem é feia, diga-se) a mexer-lhes dentro da boca é uma característica muito singular e rara. À minha frente estava um cesto, sozinho, com uma garrafa de Esteva de 2008 e duas embalagens pequenas e verdes de não sei o quê que não consegui ver. Quando olhei para a frente estava um casal de labregos todo mimoso em que o gajo parecia ser vestido pela mãe e ela com cara de quem tem uma tatuagem muito feiazinha algures, feita pela esteticista lá da terra. A dona do cesto abandonado voltou e o meu queixo caiu. Cabelos longos, dourados escuros e bonitos, uma malinha pequena a condizer com os sapatos e um lenço leopardo ao pescoço. Não sei se o nome será Marie-Claire mas a música que ouvia tornou-se de repente apropriada. À frente deste pedaço de paraíso continuava o casal labrego, ora a olharem-se como quem diz "que pena o Ídolos ter acabado, adorava ver aquilo contigo no sofá enquanto comiamos Ruffles de presunto", ora concentrados no frango assado todo escangalhado e os cinco Kinder Buenos que levavam. Mas quem raio compra cinco Kinder Buenos? A fila era grande e lenta. O meu cesto não era assim tão leve e por isso estava no chão, de tempos a tempos lá tinha que me baixar para progredir no caminho. Este exercício tornou-se bastante aprazível já que ficava com a cara agradavelmente perto do rabo da Marie-Claire. E que rabo. Esbanjava bom gosto e estilo e para completar o ar de dondoca e fazer jus a toda aquela classe só faltava uma malinha com um cão desses pequenos que dão para vestir. Ali, naquele cesto e naquela miúda, não havia crise, não havia Benfica nem TGV adiado, não haviam escutas nem miúdos de 12 anos a atirarem-se ao rio. Não havia o Carlos Queiroz nem pessoas que dizem "mensa" ou jornalistas que dizem "lídre", não havia um PEC nem homens-bomba. Não havia a atribuição vergonhosa dos Oscares deste ano nem Xutos & Pontapés, não haviam filmes do Roland Emmerich nem drag queens. Não haviam aquelas pick-up amarelas da Skoda, não havia sumos com sabor a casca de laranja nem havia a Margarida Rebelo Pinto a escrever livros de merda. No casal labrego talvez mas ali não. Se deus existisse, além do menino Jesus tinha tido também uma filha e eu frequentava o mesmo Pingo Doce que ela.

Latin lingo II

No Chile terramotos mil.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A blight on mental health

O menos mau de se fazer quimioterapia é que depois se poupa um tempão no banho.

A nice pile drive to the face

O problema de sair no Carnaval com alguém que tenha querubismo é que por muito boa que seja a nossa máscara nunca lhe chegaremos aos calcanhares.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Latin lingo

Gosto dos meus cocktails como o Chile: bem batidos.

Shake your ramp

The world is a strange place indeed. All those earthquakes is just the way that nature have to say "hey Michael J. Fox, you're not alone in this one".

quinta-feira, 4 de março de 2010

Bitch called hope

Hope For Haiti é um bocadinho como esperar pelo Godot.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Black is black

2009 foi um bom ano para o cinema afro-americano e com isto quero dizer apenas dois nomes: Black Dynamite e Precious. Agora um não tão pequeno aparte: não percebo porque raio fazem questão de dizer que são afro-americanos quando eu também não chateio ninguém com o meu "euro-europeísmo", nem ando para aí a gritar que não só sou europeu mas sim "euro-branco", tal como os paquistaneses não aborrecem os britânicos com o seu "euro-asiaticismo". Acho que usam a expressão para deixar bem claro que não são apenas norte-americanos pretos mas sim yanks descendentes de africanos (ena, a sério?) e que têm todos um passado muito romântico e sofrido que envolve, invariavelmente, comer melancia, lixar as mãos em campos de algodão e brincar aos ladrões viciados em crack no Harlem em 1977. Os mais fundamentalistas gostam de passar a vida a pregar sobre a herança cultural e as suas raízes mas se lhes trocassem o double cheese com coca-cola por um prato de muamba com funge e um copo de kimbombo, caía o Carmo e a Trindade e tratavam logo de reivindicar os seus direitos de american citizens e acabavam por pedir umas indemnizações por racismo, depressa esquecendo o afro-americanismo. Por outro lado, enquanto houver ice grillz (uma moda muito bonita e um álbum do caraças de uma banda do caraças) e bom rap, melancias e roupas de proxenetas espectaculares, funk, comédia stand-up (avé, Eddy Murphy) e cinema, eu vou continuar a enfrascar-me com o melhor sumo que a tal cultura afro-americana me tem para oferecer. Enfim. Quando se fala em cinema é provável que o primeiro nome que venha à cabeça seja o de Spike Lee. No entanto, nem só de realizadores negros que apenas retratam os negros de Nova Iorque vive o cinema negro (eh lá tanto negro, parece uma festa de anos daquelas a que a Luciana Abreu vai agora), filmes como Shaft ou Foxy Brown fizeram questão de nos abrilhantar com todos os hábitos e estereótipos dos pretos norte-americanos dos anos 70. É verdade que já depois do Spike Lee ter feito uns quantos filmes mais que bons e do Ice Cube se ter armado ao pingarelho em Boyz N the Hood (boa música também, já que já falei de rap e estou numa de referências todas mariconças a música que oiço), o Samuel L. Jackson cometeu o erro de entrar num remake terrível de Shaft. Contudo, perder tempo com este filme seria como ir a um concerto da Céline Dion montado num tapir, vestido de Son Goku, enquanto comemos salada de orelha guardada numa embalagem de Cheetos e bebemos a água morta de empreitada porque nos ficaram com a tampa na entrada. A sério, se pudesse desancava todas as pessoas que vão aos mesmos concertos e festivais que eu com as tampas das garrafas (ou com as garrafas e as tampas, tudo junto, isso sim é um combo mortífero) mas não dá, os seguranças já me conhecem e ficam logo com elas; seria mau e estúpido, portanto. Adelante. É exactamente nesse ambiente (o do Shaft dos anos 70, não o da Céline Dion) que se passa o primeiro filme de que vos vou falar: Black Dynamite. Para mim trata-se da comédia do ano, isto porque é um mau filme feito de uma maneira simplesmente boa, muito boa. O desempenho dos actores não é nada de especial e o argumento idem mas nada disto interessa. O que torna este filme tão bom é que o realizador pegou em todos os vícios e tiques dos filmes de pretos dos anos 70, em todos os erros e coisas más dos filmes policiais baratos da mesma época, em cenas de acção com doses cavalares de exagero e absurdo e juntou-os numa história tão típica que mete dó. Isto resultou de uma forma que o cabelo do Paulo Bento nunca funcionará. Os cortes, os enganos propositados nas falas, os planos usados, a música constante a acompanhar o protagonista, o kung fu... tudo isto faz rir muito, não é como aquelas séries de merda como a Big Bang Theory. Eu sei que há muita gente que gosta da série mas não deixa de ser uma porcaria, afinal de contas também há muita gente com cancro e não é por isso que a quimioterapia parece mais animadora. Além disso, é uma oportunidade única para ver o ex-presidente Richard Nixon a lutar com umas matracas, qual tartaruga ninja de fita laranja. O segundo filme de que vos falo já todos devem conhecer e chama-se Precious. Tenho de admitir que fiquei surpreendido com este, por vários factores. Primeiro porque nunca tinha imaginado que o Mark Henry de barba feita conseguisse actuar de forma tão interessante e logo no seu primeiro filme. Em segundo lugar porque aprendi uma cor nova chamada bege fluorescente. Terceiro porque não estava a par do estrabismo do Lenny Kravitz que quase põe o Marty Feldman a um canto (atenção que eu disse quase). Gostei do filme mas não há muito a dizer sobre ele, é uma história triste sobre uma adolescente negra e obesa, sem pescoço nem cotovelos, iliterada, mãe de duas crianças e que vive na miséria com a mãe merdosa num bairro muito bonito e simpático, cheio de flores e arcos-íris feitos de algodão-doce. O filme é isto com mais uns extras que não vou aqui dizer, se não estragava-vos a festa e eu não gosto disso. Outra coisa que eu não gosto é de pessoas que têm aquela babinha seca no canto da boca e não fazem nada acerca disso. Porra, bastava beberem água ou usar um lenço!

Bom: Relativamente a Black Dynamite não há muito a dizer, é uma excelente comédia mas fica por aí, serve o seu papel de filme para rir com grande eficácia; a cena do café é um mimo que qualquer americano labrego descreveria como "DUDE THAT'S AWESOME". Quanto a Precious, as cenas em que a Gabourey Sidibe se põe a sonhar estão giras e as interpretações dela e da senhora que faz de mãe estão excepcionais; nos últimos 20 minutos de filme só apetece enfiar o Oscar na boca da mãe e acabar o filme depressa. Isto soa pior do que seria na realidade até porque ela tem uma grande bocarra, cabiam lá dois na boa.

Mau: Em Black Dynamite a única coisa menos boa que posso apontar é mesmo a falha em não terem utilizado um daqueles stunt dummys que o Benny Hill usava a pontapé. Já que houve um escrutínio tão aprumado nas coisas rascas a incluir na fita, espanta-me esta não ter sido uma opção. Quanto a Precious... bem, eu sei que está tudo embevecido com a menina e que a interpretação dela é uma tour de force do caraças e que o filme faz chorar e isto e aquilo e a vida é dura e mais não-sei-quê. É verdade, a vida é dura para alguns mas por favor, alguém que tenha a gentileza de dizer àquela mulher que lá por ter uma largura de ombros quase igual ao comprimento da minha cama e uma cabeça do tamanho de uma betoneira não significa que tenha de ter aquele peso. Se uma lata de atum e uma maçã serviram para o Christian Bale, também terão o seu uso para a Miss Gabourey e sempre é mais saudável que aquele balde de frango frito; a certa altura do filme é possível que possam imaginar um grande gorila de dorso prateado a bater violentamente no peito enquanto corre na vossa direcção, mas não, no David Attenborough stuff neste filme.

terça-feira, 2 de março de 2010

Youtube series XIII

Auuu, bang bang, auuu. É bang, é bang, é bang.



(e não digam que vão daqui mal servidos)