quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
New year's kiss
Falar em "bom ano novo" no IPO deve ser tão constrangedor como falar de futebol na Naval.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Size 'em up
Admito que sou ligeiramente obcecado pela Natalie Portman no Hotel Chavalier, mas há que ser realista: é uma cara demasiado bonita para umas mamas tão pequenas.
Mister mental
Dead as history
A diferença entre o Patrick Swayze do Ghost e o Patrick Swayze de hoje é que no Ghost era tudo a fingir.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Santa Claus is selling crack
Segundo o mito do Pai Natal, o senhor entra na casa das pessoas pela chaminé. É óbvio que foi um branco a criar esta história, eu pelo menos nunca vi uma barraca com chaminé.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Youtube series XXIX
Ter uma banda não é, definitivamente, para todos. Ouviste, Miguel Ângelo? Ouviste, Bono?
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Razorblade salvation
Cada vez que oiço uma música da Mafalda Veiga apresso-me a esconder as lâminas que tenho em casa.
Christborn
O bom de ser casado com uma cristã é que quando nos fartamos de lhe bater numa face oferece sempre a outra.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Brain damage
O Pôncio Monteiro teve um AVC. Não tenho nenhum ódio particular ao senhor, só digo é que há males que vêm por bem.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Crushed by the weight
Não sei se os anos lhe pesarão mas aquelas bochechas devem dar cabo da coluna ao Mário Soares.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Last supper after party
Num verso de uma canção carnavalesca alerta-se para ter "cuidado com o cabo da vassoura, é pior do que cenoura você pode se dar mal". Nunca me preocupei muito com o poder da música mas sem dúvida que pode evitar certas chatices.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Slow and low
Cheguei tão atrasado a uma reunião que até a filha da Bibá Pitta me enviou uma SMS a dizer que estava atrasado.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Modern love story
Prefiro o conto da Gata Borralheira contado ao contrário. Torna-se a história de uma mulher que finalmente descobre o seu lugar.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Dream result
Antigamente era assim:
Agora é assim:
(Ah, quase que oiço o baque dos pedófilos a caírem de felicidade)
Agora é assim:
(Ah, quase que oiço o baque dos pedófilos a caírem de felicidade)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Kids don't like to share
Numa sex shop belga os lubrificantes estão sempre na segunda prateleira, logo ao lado dos Nenucos.
The kids don't stand a chance II
A Bélgica é o único país onde o canal Baby TV é para maiores de 18.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
The something special
Não percebo quando dizem que os mongolóides são pessoas especiais. Especiais em quê, como o Mourinho?
Eat of the dead
A diferença entre um cupcake e uma gaja feia maquilhada é que o cupcake mesmo sem cobertura é comestível.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Much against everyone's advice
Hoje é o dia mundial contra a SIDA. Já fiz a minha parte, há pouco vi o Carlos Castro e chamei a polícia.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
New storms for old lovers
Depois da tempestade não vem a bonança mas sim a Protecção Civil e normalmente atrasada.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Beat out my love
Hoje é o dia internacional pela eliminação da violência contra as mulheres... vá, um dia não são dias.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
The positive aspect of negative thinking
Negativo está para as finanças de Portugal como positivo está para o resultado do teste de HIV que o Freddy Mercury fez há 19 anos.
Social decay
Uma pergunta para os grevistas: se o Mário Nogueira e o Carvalho da Silva têm a profissão de sindicalistas, como promotores da greve geral não deveriam fazer greve à greve?
How quickly we forget (again)
Há quem beba para esquecer. E as pessoas com Alzheimer, bebem para quê?
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Setting fire to sleeping giants
O Fernando Mendes está tão gordo que quando o nutricionista falou em queimar umas calorias receitou-lhe um isqueiro e uma lata de Raid.
Can't knock the hustle
Acho muito mais fácil traficar droga que crianças. Ao menos não suja tudo nem faz barulho.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A lethal dose of american hatred
Nos EUA a promiscuidade entre folga e esclarecimento é tal que nem sei por onde começar. Talvez por aqui.
Striving higher for a better life II
Se cancro desse dinheiro há muito que tinha emigrado para Hiroshima.
Striving higher for a better life
Se cancro desse dinheiro a Fernando Serrano fazia uma pipa de massa como consultora.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
I made it through the rain
Duvido que tenha prazer com chuva dourada. Não gosto de ter alguém a olhar para mim enquanto mijo.
You bet we've got something personal against you!
Acho razoável que qualquer pessoa capaz tenha o direito de dizer as baboseiras que quiser. Só não acho correcto considerar como tal os comentadores do programa Prolongamento da TVI 24.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Youtube series XXVIII
Ah, música e dança e arte. Adoro arte e artistas e a palavra contemporaneidade; e baldes verdes no geral. Se os Arcade Fire fossem japoneses largava-me já num pranto indie, mas são do Canadá que até fundou a OTAN e tudo.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Do the knowledge
A música erudita está para mim como a discografia do José Malhoa está para a filha.
Spontaneous music behaviour
Estou com uns peidos tão maus que a Vidisco já me abordou para assinar um contrato.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
None
Hoje, como nos outros dias todos, morreu um senhor. Aliás, como nos outros dias todos terão morrido muitos mais senhores e senhoras. Mas este era um senhor que, aparentemente, todos conheciam e alguns até ficaram tristes com o óbito, pelo menos na internet dizem que sim. Chamava-se João Serra e andava pelo Saldanha a dizer adeus (ou seria olá? Acho que era adeus porque deram-lhe a alcunha de senhor do adeus e as alcunhas nunca mentem). Na verdade o que ele fazia era acenar aos carros que passavam e pronto. Ou seja, era exímio na primeira metade da abordagem das prostitutas de estrada, o que para alguns pode até ter sido uma desilusão: viam o velho a acenar, paravam mas depois não havia um preço, nem sequer dirty talking, era só aquilo. Ah, algumas pessoas também saberão que gostava de cinema porque escrevia num blogue sobre filmes. É engraçado como as coisas são. A morte de um velho solitário e rico o suficiente para nunca ter trabalhado e que durante anos acenou aos carros numa zona conhecida de Lisboa é marcada por algumas notícias e centenas de manifestações de pesar cibernético. Se calhar escolheu bem a zona e os alvos dos adeuses. Se por acaso andasse pelo Eduardo VII a dizer olá a quem por lá anda a pé, provavelmente tanto aceno ter-lhe-ia valido uma ou outra violação geriátrica, algumas sovas, ou até umas acusações menos simpáticas de aliciamento duvidoso. Trata-se de senso comum: qualquer velho que se meta com pessoas do nada e sem razão é rapidamente rotulado de maluco depravado. Excepto no Saldanha, pelos vistos. Até hoje nunca tinha contactado com este senhor e isto pouco interessa. Aliás, todo este assunto é pouco importante - um velho que viveu a vida toda com a mãe, via filmes e dizia adeus, "uau, espectacular, que interessante, conta-me mais", dirão alguns. Mas na verdade este meu comentáriozinho não é totalmente inocente. Por muito indiferente que me seja que este senhor tenha tocado o coração de não sei quantos automobilistas e/ou penduras que num rasgo de fascínio podem até ter comentado "olha que espectáculo, um velho de óculos a dizer adeus! Vou retribuir. Que máximo, nem no Jardim Zoológico!", este assunto deu-me alento para manter uma ideia que já tenho há tempo bastante. O Sr. João Serra era um solitário, era sozinho como se diz na linguagem técnica do comentário da vida alheia, cujos profissionais não hesitarão em apontar ao defunto um suposto piquinho a azedo. Tinha amigos mas imagino que poucos, até porque ser solitário é mais ou menos isso, e apesar de muitos saberem quem era poucos o conheciam de facto. Ora, no entanto, há um grupo de pessoas que sentindo-se privilegiadas por um dia terem acenado a um estranho (o que vem ao encontro do valor social atribuído à ocupação dos bancos de trás do autocarro nas excursões da escola) e mesmo não sabendo sobre ele mais do que eu descobri em 10 minutos no Google, o querem lamentar, celebrar, homenagear e enlutar, quiçá. E é aqui que eu, demoradamente, queria chegar. Se fosse comigo eu não os queria no meu velório/enterro/after-party/cremação/ritual necrofálico/banquete/ o que quer que seja desde que não chova. Se para celebrar um aniversário apenas reunimos quem nos faz sentir bem porque raio não o haveremos de fazer no fim da linha? Claro que posso morrer jovem e de repente mas, sem qualquer presunção arrogante, duvido, e além disso as pessoas cuja presença não me agradará serão mais fáceis de enumerar daqui a cento e tal anos. Sim, cento e tal é a minha meta. E é por isto que eu não aceno a estranhos que passam por mim de carro, seja no Saldanha, na Quinta Avenida, na Rua do Brasil ou na Praça Deera. Simplesmente não me agrada a ideia de pessoas que não gosto, não conheço ou não quis conhecer lamentarem o meu desaparecimento, ainda que compreenda a perda que possa ser para a humanidade em geral e para tudo o que é vagina em particular. Ainda assim, recuso achar simpático que alguém pene por outra pessoa cuja única e maior ligação partilhada se resume a uns segundos de mão no ar. Mas vá, tenho de ser justo, nunca ninguém terá tanto estilo com um saco do El Corte Inglés.
The song is short because it's not political
Não sei o que é pior nesta história da possível intervenção do FMI no país: ter uma entidade externa a regular a economia da nação ou os palermas que acham cool cantarolar a canção do José Mário Branco.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Stonez of christ
Maria de Nazaré nunca trabalhou, engravidou sem fazer nada e assim viveu à conta doutrem. Se em vez de José o marido se chamasse segurança social diria que se tratava de uma adolescente inglesa.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
None (ou Death wish list)
Coimbra, 9 de Novembro de 2010
Caro Maniche,
Tudo bem? Há muito que não falávamos. Na verdade nunca falámos mas isso não parece importante, pelos vistos nada daquilo que te foram dizendo ao longo da vida sobre respeito e profissionalismo te entrou nos ouvidos. Imagino, portanto, que um mero "olá" de um adepto surta o mesmo efeito que uma gaja boa na pista de dança do Finalmente. A família vai bem? O Jorge já conseguiu perceber como raio conseguiu ser chamado à selecção? Ou até como diabo se tornou jogador de futebol, com uma carreira tão promissora como gajo-com-cara-de-burro-sentado-na-sala-de-espera-do-centro-de-emprego em vista... e o teu bom gosto e sentido de estilo, continuam em grande? Ouvi dizer que depois do Rochemback ter saido ficaste com o record de jogador que enfarda mais croissants de chocolate e nacos de picanha antes dos treinos, é verdade? Ah, grande Maniche! Olha... deixo-te com uma lista de coisas que podes vir a precisar nos próximos tempos. Porta-te bem, maluco! Eh eh eh!
- Glock 17
- Lâmina BIC Chrome Platinum
- Corda sisal (entre 15 e 30 mm)
- Ponte 25 de Abril (antiga Ponte Salazar)
- Garrafa de Gramoxone 2000
- Barbitúricos variados e em grande quantidade
Saudações não tão cordiais,
Rocco
P.S.: se quiseres podes ler esta carta em voz
alta aos teus colegas e treinador no balneário, mal não lhes fará e
sempre praticas essa dicção esquisita.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Cleanse yourself
Acho incrível que ainda haja quem se identifique com o movimento hippie quando hoje se compra desodorizante e gel de banho baratos com enorme facilidade.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Stokin' the neighbours
Sorte a sério seria encontrar meio quilo de coca e descobrir que a Lindsay Lohan era minha vizinha.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Does it offend you, yeah?
Não percebo quando dizem que não se pode obrigar alguém a ter sexo contrariado. Claro que pode. Chama-se violação e em Telheiras há umas quantas miúdas que podem esclarecer-vos sobre o assunto.
domingo, 31 de outubro de 2010
Famous monsters
É impressão minha ou o Halloween em Portugal é só uma desculpa para os góticos usarem ainda mais maquilhagem?
sábado, 30 de outubro de 2010
True nature revealed
Se há país que nos pode ensinar alguma coisa sobre a Lei de Murphy é a Indonésia.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
So much for honor among thieves
Quando nasce um cigano o carrinho de bebé nunca é comprado para os habituar à sensação de andar em veículos roubados.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Heaven inside your hell
Espero mesmo que não haja vida depois da morte. Acho que não aguentaria mais programas com o Camacho Costa.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Seeing red
Imaginem o momento em que um casal de leprosos faz fisting, mutuamente, ao som da discografia completa de Nickleback em repeat (compilações e o caralho incluídas) e entra o filho doente a vomitar chispalhada de lata para cima deles. Pronto, já sabem como me sinto cada vez que oiço o Quimbé.
Dress rehearsal
A melhor maneira de evitar que uma mulher chore ao ver-nos nus é não sermos o Fernando Mendes.
Change my pants (I don't wanna)
Era um gajo tão paneleiro que tinha o fecho éclair na parte de trás das calças.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Fun and games
A diferença entre a cona da Britney Spears e poker é que na primeira não é preciso pagar para ver.
"Beneath the clothes, we find a man. And beneath a man we find his nucleus"
Terem vestido o Will Smith nos Men In Black foi um preciosismo redundante.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
3 times a cunt
Já não tenho uma enxaqueca há muito tempo. Curiosamente, também há muito tempo que não oiço falar no João Baião.
Flash pan hunter
A Alexandra Solnado está tão frita que a família não sabe se a há-de levar ao Júlio de Matos ou abrir um KFC.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Shiver my timbers
Uma vez comecei a ver um filme sobre o Michael J. Fox a calçar um par de meias sozinho mas adormeci no final da primeira hora.
Where's your dirty mind
Usar a crise como desculpa para todos os problemas é como uma gaja chorar depois de se virem na cara dela, é chorar sobre leite derramado.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Heavy metal jocks
Those oh-look-at-me-I'm-free-now chilean miners are pretty much like Metallica, they were way cooler as an underground group.
Ain't that a kick in the head
Se espancar recém-nascidos me garantisse que o Nilton parava com aquela merda do "eu amo você" há muito que a Maternidade Alfredo da Costa tinha sido corrida à biqueirada.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
The new style
Acho incrível que tenha sido preciso tornar-se seleccionador de futebol para o Paulo Bento mudar de penteado. Se o tivesse feito no fim da carreira no Sporting sempre podia dizer que tinha saído com algum estilo.
Old school toxic
Isto do derrame de lama tóxica na Hungria é uma estupidez. Se queriam este tipo de diversão iam a Chernobyl que é já ali ao lado.
Youtube series XXVI
Pacientes, sem paciência
Vítimas da negligência
Sofrimento, causam o sust... AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!
Vítimas da negligência
Sofrimento, causam o sust... AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Mums the word
Há ideias e expressões que em certos contextos perdem todo o sentido. Por exemplo, ninguém vai pregar que as crianças são o futuro para o serviço de pediatria do IPO, tal como ninguém diz a um cego para dar uma vista de olhos na secção de braille duma biblioteca.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Rock for sustainable capitalism
Gostar de rock 'n roll e ter como banda preferida os Kiss é como gostar de futebol e ter como equipa a Naval.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Nothing new for trash like you
Coimbra é uma cidade tão suja que todos os cafés são servidos com cheirinho.
Pull your card
Se eu fosse árbitro nunca mostrava cartões ao Di Maria. Aquele nariz já é castigo suficiente.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
None
Algum dia teria de ser. Quer dizer, ter não tinha mas foi e logo hoje e ainda bem e que se lixem os 23% de IVA e o governo nojento que temos e o Medina Carreira sempre cheio de razão e com cara de Mr. Magoo todo recostado no fundo da cadeira parece um garoto, o raio do velho. Eu quero é o Sporting em forma e de boa saúde, como hoje contra o Levski. Sim, porque se há algo mais importante que vocês, míseros trabalhadores que qualquer dia até o papel higiénico racionarão, é o meu clube. O facto de observarem impávidos e serenos (as greves como sabem até dão jeito às sextas-feiras mas de pouco servem e, por isso, não contam) os vosso ordenados a serem constantemente violados qual rapazinho branco numa prisão do Bronx, não interessa agora. Fica para depois que o Manuel Alegre até deve ter aí alguma preparada, já debaixo de olho e tudo, daquelas tiradas mesmo a arrasar. Tipo Need for Speed: Hot Pursuit mas numa versão mais proletária. Uh, espectacular adoro carros e velocidade. Também podia adorar a luta de classes mas aquele igualitarismo todo aborrece-me. Suivant. O facto de ter sido por cinco é acessório. Podia ter sido só por um que eu nisso sou muito Maradona e no fim prefiro eficácia a beleza - desde que entre, mesmo com o auxílio da mão, em fora de jogo e a dar uma sapatada na cara do guarda-redes por mim tudo bem. Sim, nisso sou como os espanhóis a pescar em costa alheia, marcha tudo e os outros que se lixem. O que aconteceu hoje deixou-me feliz e apesar de no próximo jogo contra o Beira Mar haver a probabilidade de me encher de razão para pegar nuns 20L de gasolina e regar todo o plantel à entrada de Alcochete para depois provar a eficácia da marca Quinas não anula o que se passou hoje em Alvalade. Jogámos bem e apesar do adversário fracote parece-me que o faríamos contra qualquer outra equipa. Finalmente jogámos à bola e isso agradou-me. Os benfiquistas cantam no início do hino do clube que tem um canal que por sua vez tem um programa chamado Couratos e Bifanas, "sou benfiquista e isso me envaidece". Infelizmente não posso dizer o mesmo. Além de não ter bigode não sou trabalhador do sector primário nem alcoólico e tão-pouco sou casado, o que elimina a hipótese de bater na minha mulher (que, caso tivesse e nestas condições, trataria por esposa). Acrescenta-se ainda o facto de o meu clube não me dar razões para tal sentimento. Somos o clube com mais miúdas giras e pessoas com a dentição completa do campeonato mas isso não chega. Com o grau de esquizofrenia que o Sporting apresenta a única coisa de que me poderei envaidecer daqui a uns tempos é ser o gajo mais novo da minha rua a tomar inibidores de dopamina (para os Ruis Patrícios e Lucianas Abreus que aqui passam falo de antipsicóticos, remédios para dói-dóis na cabeça, gugu-dada a vaca faz mu e a galinha corococó, seus burros). Gostei mesmo do jogo de hoje mas não acho que seja o tipo de jogo que faça bem aos adeptos. As pessoas gostam de rotinas, de estabilidade, de constância, de organização e de uma direcção competente e o Sporting (yo, malta que ficou a pensar no Manuel Alegre nesta podem substituir Sporting por país) não conhece nada disto. No entanto, hoje deram logo cinco a zero. Temo que tenha sido à caçador desprevenido que gasta os chumbos todos nas rolas e que quando aparece uma lebre ou um faisão fica a olhar com cara de tanso e a pensar que afinal as rolas não são assim tão engraçadas. O mongolóide defendeu bem, a defesa esteve bem, o meio-campo funcionou e as jogadas de ataque foram fluídas o suficiente. Por muito bom que isto seja é irritante. É irritante porque muitos dos que jogaram hoje são os mesmos que têm vindo a jogar desde o início da temporada, serão bipolares? Ah, e em plena crise, agravada pelos parcos resultados e exibições deprimentes, em que se concentram os esforços e preocupações do director desportivo ( escolha que já por si prova o brilhantismo que lá reina)? Em ganga, claro. Digam-me: isto é ou não merecedor de uns Prozacs? Eu temo pelos jovens sportinguistas, juro que sim e que me caia uma pedra enorme em cima se for mentira. Enorme como quem diz, escusa de ser logo um calhau da praia Maria Luísa. É com enorme custo que imagino os gabinetes de apoio psicológico dessas escolas fora, com filas e filas de miúdos deprimidos e cheios de dúvidas. Os outrora problemas de adolescência como a voz, as miúdas e a roupa certa para cada dia de escola são agora substituídos na vida da garotada sportinguista por dúvidas como saber quais os critérios que o Zapater utiliza para decidir em que jogos vai jogar bem, perceber se o Maniche está mesmo a correr ou se é apenas uma ilusão dada pela alta definição da televisão ou em que dia o Paulo Sérgio decidirá finalmente a equipa titular. Vocês queixam-se do congelamento da progressão na carreira na função pública mas eu é que fico com o coração nas mãos pela incerteza de saber se o merdas do Yannick joga; vocês queixam-se dos cortes nas pensões mas eu é que sei o que custa ser de um clube que de grande só lhe resta o nome de Portugal no emblema. E já nem Portugal é assim tão grande. Pronto, é só isto. Obrigado.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Four simple steps to total life satisfaction
Ser Cambojano e nunca ter pisado uma mina é como ser jet set e nunca ter comido a Elsa Raposo.
What remains inside a black hole
Não sei o que será mais improvável: a Elsa Raposo dizer alguma coisa inteligente ou um chimpanzé resolver a equação de Schrödinger.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Willing to survive one day at a time like the band Survivor that wrote the song eye of the tiger
As únicas coisas que sobreviverão ao fim do mundo são as baratas e os programas do Camilo de Oliveira.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Youtube series XXV
Oh, nada de mais. É só um gajo com síndrome de Tourette e de Asperger a cantar a "Losing My Religion" dos REM.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Remember me as a time of day
Para uma pessoa com Alzheimer todos os dias são para esquecer. Hoje não é excepção.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
The tyranny of what everyone knows
No Ruanda as próteses são como as t-shirts do Hard Rock Cafe, quase toda a gente tem uma.
Eating dust has never been a lust
Adormecer a ver um filme do Manoel de Oliveira é como comer mal em África, calha a todos.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Pigs will pay
Se as gajas fossem como alguns restaurantes era muito mais simples. Assim, se nos fartássemos pedíamos para embrulhar e comíamos mais tarde.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
How to clean everything
O problema de se disparar contra alguém à queima-roupa com uma caçadeira é o mesmo no final de um jogo de Monopólio: fica tudo espalhado no chão e é uma trabalheira para arrumar.
Leave the story untold
A diferença entre trabalhar numa cavalariça e num lar de idosos é que os cavalos não contam histórias de quando eram novos enquanto se limpa a merda que fazem.
Room full of eyes
A Amadora é dos poucos sítios no país onde as crianças não precisam de apagar a luz para brincar ao quarto escuro.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Mark on the bus
Nove portugueses morreram ontem num acidente de autocarro em Marrocos. A maioria, ao que parece, por não levar o cinto de segurança colocado. Típico do turista chico-esperto português: engolir droga para depois a cagar? Sem problemas. Usar cinto de segurança numa excursão em Marrocos? Não que lá além de muito asseadinhos conduzem todos muito bem também.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Stand here and just stare
Só há duas coisas no planeta visíveis do espaço: a Grande Muralha da China e o Fernando Mendes depois de almoço.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Running scared
Não que eu seja um especial apreciador do género, mas de tempos a tempos lá aparece um filme de terror que até acho giro e que depois me permite dizer coisas muito engraçadas e profundas, em conversas também elas riquíssimas, como "ah, esse já vi tem uma velha que se baba. É giro, por acaso". Não há nada como um "por acaso" no fim de uma frase. É a expressão ideal para sublinhar o quão condicionado é o nosso apreço por algo, ou quão distante está o nosso bom gosto do das outras pessoas, sem no entanto mudar nada numa conversa. Por exemplo, se alguém me disser "odeio o Sting mas a música Englishman in New York até é gira, por acaso" eu não deixo de achar o Sting um chato do caraças que quase me põe a pensar em auto-mutilação mas também não invalida a salvação dessa pessoa, afinal de contas só gosta de uma musiqueta do gajo dos Police. O "por acaso" antecedido de vírgula é a expressão de casualidade perfeita, é o complemento circunstancial por excelência e a que todos devemos a nossa homenagem. A não ser que o assunto da conversa seja o Rui Patrício, a Luciana Abreu ou aqueles cereais que são umas bolachinhas foleiras, o "por acaso" safará qualquer um que o use, sem comprometer os seus gostos secretos e duvidosos. Trivialidades masturbatórias sobre gramática à parte, ficou claro que hoje venho falar de um filme de terror e não, não tem nada a ver com uma fita caseira da Betty Grafstein a ter sexo com um tapir malaio. Refiro-me a Drag Me To Hell, realizado pelo já batido no género Sam Raimi. Acho importante saberem que é um filme de terror e não um filme de susto. O suspense é quase nulo e tudo se resume a um grafismo bonito, exagerado e por vezes doentio, bem ao estilo dos Evil Dead. A história começa com uma ex-gorda analista de empréstimos, que em competição com um asiático por um melhor lugar no banco recusa a repetição de um empréstimo a uma cigana de leste. Note-se que falamos de um cenário muito pouco português. Primeiro, porque nunca vi um chinês a trabalhar num sítio que não cheire a incenso e plástico e/ou fritos, depois porque os ciganos de leste só entram num banco se for para o roubar e se a falta de dinheiro for assim tão grande têm sempre os dentes para vender. Como digna representante de uma minoria étnica pouco razoável, depois da nega da rapariga começa logo uma chinfrinada digna do Bulhão e roga uma praga já antiga à moça que, coitada, até tem bom coração mas há que subir a pulso e tomar decisões difíceis se quisermos ganhar dinheiro para ser felizes e comprar coisas. Claro que isto não se aplica a todas as pessoas, qualquer brasileira no Porto sabe que para ter dinheiro basta comer o Pinto da Costa. Dá-se então início à já repetida fórmula fui-amaldiçoada-e-agora-vou-ter-de-sofrer-as-consequências-e-levar-com-os-devaneios-de-um-demónio-muito-fodido-que-me-quer-levar-a-arder-no-inferno-até-conseguir-aplicar-a-fórmula-que-um-vidente-monhé-me-indicou. Vidente esse que é o indiano do Inception, já agora. Oh, depois há de tudo. Desde baba em quantidades generosas, qual torneio de boccia, gatinhos mortos à facada para mais tarde serem vomitados, uma cena que funde de forma incrível fisting com deepthroating... enfim, uma parafernália de cenas com janelas a partir e objectos a voar, gritos e outras coisas muito assustadoras que vos porão a chorar e a gritar pela mamã. A não ser que sejam os príncipes de Inglaterra, nesse caso por muito que gritem não terão resposta. Enfim, o filme é giro tendo em conta o que é e sem esquecer que a última vez que o Sam Raimi realizou alguma coisa saiu o Spider Man 3 [inserir palavras de indignação aqui]. Se gostaram dos Evil Dead e conseguirem ignorar que o terror de há vinte ou trinta anos atrás era, no mínimo, mais engraçado acho que talvez consigam gostar deste e o final até está renhé-nheu-nheu, mesmo que previsível. Se preferem antes terror na onda dos Saw, estimo bem que se lixem porque se algum vale mesmo alguma coisa é o primeiro, o resto é só arrepios e para isso já me chega ver o Eduardo na baliza da selecção e eu até acho que ele fez um bom mundial, por acaso.
Bom: Poucos efeitos visuais computorizados - aprecio bastante esta ausência em filmes que pretendem ser assustadores; as músicas que acompanham as cenas mais spookie até estão giras; a cena em que o demónio entra no corpo do bode lembrou-me a marca arqui-inimiga d'A Vaca Que Ri.
Mau: Não aparece uma só gaja excepcionalmente boa durante todo o filme; os dentes da velha puseram-me a pensar no hálito da senhora; podia haver mais sangue e uns desmembramentos também não ficavam mal a ninguém; no fundo peca pela ausência de grandes cenas com violência gráfica estúpida, com braços, cabeças e outros membros visivelmente falsos a voar e gosmas de cor berrante a jorrarem. Eu estava à espera disso, raios partam os Evil Dead.
Mau: Não aparece uma só gaja excepcionalmente boa durante todo o filme; os dentes da velha puseram-me a pensar no hálito da senhora; podia haver mais sangue e uns desmembramentos também não ficavam mal a ninguém; no fundo peca pela ausência de grandes cenas com violência gráfica estúpida, com braços, cabeças e outros membros visivelmente falsos a voar e gosmas de cor berrante a jorrarem. Eu estava à espera disso, raios partam os Evil Dead.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Shortnin' bread
Sempre achei que usar pão numa sandes era coisa de maricas. Afinal não sou o único. Obrigado, Coronel Sanders.
Baby's first coffin
A diferença entre o sol e um bebé numa clínica em Badajoz é que o primeiro quando nasce não vai logo para o lixo.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Hello bastards
Carlos Silvino - dezoito anos
Carlos Cruz - sete anosFerreira Dinis - sete anos
Hugo Marçal - seis anos e dois meses
Jorge Ritto - seis anos e oito meses
Manuel Abrantes - cinco anos e nove meses
Ou isto é uma wish list para uma festa na casa de Elvas, ou a relação de proporcionalidade entre as penas e as idades dos miúdos abusados por estes "era mata-los a todos" é quase tão ridícula e espectacular como aproximadamente tudo o que se leu, viu e ouviu durante o processo Casa Pia. Foi bonito, sim, mas só alguns brilharam.
Here's looking at you, kid
O Carlos Cruz quando vai ao café pede sempre um garoto cheio. Ao que parece, gosta deles gordinhos.
Republique populaire
A festa dos comunistas começa hoje. Não sei o que seria pior: ser assaltado no Seixal ou entrar na Festa do Avante sem querer.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Same old starving millions
Se os olhos realmente comessem a Somália seria um país com muito mais graça.
La gazza ladra
Não sei o que será pior: abrir um restaurante na Somália ou uma ourivesaria em Setúbal.
Irony is a dead scene
O menos mau de um funeral é que por muito mortinhos que estejamos para que acabe nunca chegamos aos calcanhares do defunto.
sábado, 14 de agosto de 2010
None
No final do mês passado decidi dar férias de Verão ao blogue e até fiz um post todo infanto-juvenil alusivo a essa decisão e tudo. A resolução foi boa e as férias estão a roçar o sublime mas, enfim, estar de férias tem as suas coisas, algumas das quais merecedoras de reflexão mesmo quando alguns energúmenos, que afinal respiram o mesmo tipo de ar que eu, se aborrecem com este bonito espaço que insisto em poluir em prol da felicidade alheia. Afinal de contas e ainda bem para vocês todo eu sou altruísta, daqueles que investe um lote inteiro de sinceridade nos "é a vida" e "isto custa a todos, amiga" ditos às romenas gordas que se sentam de mão em riste à porta dos supermercados. Seguindo a marinha, então. Entre outras coisas, estive uns dias numa ilha portuguesa genial sobre a qual posso dar uma pista - não tem aeroporto e não, não é a ilha de Tavira, seus hippies endinheirados e irritantes que passam a vida a pensar no Sudoeste e no Avante. Isolado e de cabelo rapado, passei dos melhores dias do ano num sítio onde a merda de gaivota abunda com tanta naturalidade como o número de telemóvel do Cláudio Ramos nas portas das casas de banho do Frágil. Qual Robinson Crusoe, nada fiz além de apanhar sol e alimentar-me do que o mar me deu, num lugar que a pecar teria de ser pelo excesso do tipo de pessoas que insiste em voltar à terra mãe para treinar o dialecto franco-português em público e que entre a falta de jeito para educar os filhos e ignorar o código da estrada - porque "lá fora não é nada disto", lá se vislumbra um brasão de armas português tatuado entre umas tribais muito bonitas. É só amor patriótico, está visto. Numa festa recente contactei ainda em primeiro grau com as (ao que parece) famosas pulseiras Power Balance que garantem maior equilíbrio, força e flexibilidade. Sobre estas não há muito a dizer. Eu sou um natural born skeptic e portanto não acredito neste tipo de promessas. Já uma vez me prometeram horas de bom humor nacional e quando fui a ver era o DVD dos Malucos do Riso. Apesar disso, não tenho nada contra as pessoas que gastam trinta e tal euros numa pulseirinha palerma de silicone para aumentar o rendimento físico. Aliás, se eu mandasse na FPDD enchia os atletas destas pulseiras. Entretanto, o campeonato começou e o meu clube estreou-se a perder. Novamente, se eu mandasse ordenava que se fizessem equipamentos especiais para o Rui Patrício e amigos com o mesmo material holográfico/quântico/magnético (será possível dizer esta frase sem sentir a banha da cobra a escorrer no pulso?) das pulseiras do equilíbrio. Claro que isto é utópico, até porque se fosse mesmo eu a mandar já há muito que o rapaz não jogava e as trompas de falópio de todas as mulheres da família Patrício tinham sido laqueadas. E escusam de vir já com merdas, todos sabemos que os males se cortam pela raiz e encher o mundo de atrasados mentais não é propriamente servir a humanidade. Azia e anti-clubismo à parte: sou mesmo o único a achar que o Estádio da Luz dava um bonito cemitério? Bom resto de Agosto.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Haunted holiday
Ir à Nazaré no Verão e não ouvir falar francês é como ir ao Chimarrão e não haver picanha.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Youtube series XXIV
Um filme a não perder, até porque ah la la la la, action! Ah la la la la action!
Feeding the fire
As matas de Oliveira de Azeméis parecem o cérebro da Alexandra Solnado, estão todas queimadas.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Little weirdo
Descobri agora que o Gary Coleman faleceu em Maio. Ao que parece, o pequeno actor deu uma pequena queda que lhe provocou uma pequena hemorragia intracraniana.
Changing face
Isto deixou-me um dilema: não sei se faça uma referência ao Face/Off ou se diga que não gosto de hipócritas com duas caras.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
My life in the knife trade
Uma vez fui a uma festa em casa de um cuteleiro mas estava um ambiente de cortar à faca.
Many pieces of large fuzzy mammals gathered together at a rave and schmoozing with a brick II
Conheço uma gaja tão gorda que quando apanha muito sol cheira a refogado.
Many pieces of large fuzzy mammals gathered together at a rave and schmoozing with a brick
Conheço uma gaja tão gorda que mija Vaqueiro Líquida.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Youtube series XXIII
Isto é espectacular, eu sei e escusam de agradecer. Mas a verdade é que... é isto que faz com que o mundo valha a pena.
(aos 2:00 está mais que visto que se trata de um gay assassino psicopata que acredita no fim do mundo e em profecias espectaculares e que, felizmente para nós, tem acesso ao youtube)
(e continua, há mais. Urra, urra)
terça-feira, 20 de julho de 2010
Crashing down
Além de carregar consigo uma caneca própria e só beber água engarrafada, outro dos conselhos para quem visita a Índia é levar também um comboio. Ao que parece, os de lá não são grande espingarda.
Her love rubbed off
O bom de ser casado com uma preta é que se lhe batermos ninguém vai reparar nas nódoas negras.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Leather wings
Não sei onde é que se verão mais homens com um gosto musical duvidoso, vestidos de cabedal e com o cu tremido: na concentração de motas em Faro ou numa festa de anos do George Michael.
She's good for business II
Era uma puta tão concorrida que teve de instalar um torniquete entre as pernas.
She's good for business
Era uma puta tão concorrida que teve de instalar um dispensador de senhas na nádega direita.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Every living day begs the question
Uma pergunta para as ladies: a existir, qual é a idade estimada para deixarem de se depilar? Quer dizer, depois de começarem não há razão para parar, right?
When darkness falls
Estar a comer a Grace Jones, de noite algures na Schwarzwald foi o sonho mais obscuro que já tive.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Time as abjection
O António Feio deve ter uma dificuldade do caraças em negociar taxas de crédito a longo prazo.
Bald 'n beautiful
Tapar o sol com uma peneira ou usar um lenço para disfarçar a careca quando se faz quimioterapia, dá no mesmo.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
What happens when you don't check on your microwave oven
Gosto dos meus pimentos recheados como os judeus em Auschwitz: bem assados.
Ill blood
Eu quando quero heroína vou ao Casal Ventoso e compro. O Kalú quando quer heroína vai a casa do Zé Pedro e drena-o.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
(Insert bad joke about blogger here)
Se a minha vida tivesse um chapéu tutti frutti chamava-se Karma Miranda.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Ya still a paper gangster
Foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos do futebolista Miguel, provenientes de uns balázios disparados numa confusão qualquer no ano passado à porta duma daquelas discotecas em que só se ouve kizomba e só se vêem dentes e olhos porque o resto é muito escuro. Tendo em conta que se trata de um gajo de Chelas que quando não está a jogar à bola está à pancada num bairro qualquer, ou a atropelar velhas, ou a ir buscar a filha aos vizinhos, a questão que permanece é: estavam à espera de quê, rosas?
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Risky business
Não entendo a polémica criada pela participação do Estado no negócio entre a PT e a Telefónica. Se eu tivesse uma golden share que pudesse acabar com o governo do PS também a usava.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
None
Nunca fui criança de birras. Sei que as fiz mas no máximo pode-se dizer que fui criança de uma birra. Fiz uma birra à vinda da creche e essa chegou-me (fui levado até casa quase de rojo) para aprender que não chegarei a lado nenhum com exigências bacocas e aparatos desnecessários, que não consigo mais que os outros só por berrar e guinchar mais alto, ou se insistir naquela pose que implica cruzar os braços, franzir as sobrancelhas até doerem e segurar o lábio inferior tremelicante para conter o choro. Talvez tenha feito mais mas duvido, acredito nas histórias que me contam e é esta que ilustra o meu curto historial enquanto criança birrenta. Claro que exigências todos temos, não podemos ser todos como o Carlos Queiroz que se resigna com um Ricardo Costa ou até nem se importa com um Duda; ou como o Yannick Djaló que à primeira hipótese que teve de comer uma branca parola nem se preocupou em pedir-lhe o BI para confirmar se era a Luciana Abreu ou não. Mas, enfim, como eu dizia todos temos exigências e, em princípio, muitos serão os que as vêem a materializar-se, mais ou menos de acordo com aquilo que fazemos por elas e sem necessariamente implicar uma birra. Por exemplo, os portugueses são pouco exigentes em relação ao humor, o que é que acontece? Desde 1995 que o programa Malucos do Riso está no ar. Os portugueses são pouco exigentes em relação à política, o que é que acontece? O two-faced por excelência Freitas do Amaral ainda é tido como opinante com relevância. Os portugueses são pouco exigentes em relação aos jornais que compram, o que é que acontece? O jornal 24Horas demora 12 anos a ver o fim. E por aí fora, podia fazer uma lista enorme sobre estas merdas. Talvez não tão grande como o número de seropositivos na lista de convidados duma festa de aniversário do Elton John mas grandinha, ainda assim. Existem de facto coisas que até mereciam uma birra geral mas isso além de não as fazer desaparecer, não mudava o facto de nos comportarmos como uns fedelhos irritantes. Continuando. Qualquer pai minimamente empenhado na educação dos filhos tentará ensinar que não é através de birras e infantilidades que conseguirão resposta às suas exigências. Ao que parece, os pais do João Moutinho optaram por lhe ensinar exactamente o oposto. Pelo menos o baixote de Portimão tem-se safado com elas. Soube hoje que será contratado pelo FC Porto. Se se confirmar não tenho nada contra - business is business - mas não deixo de sentir que ser anão o tem ajudado a parecer ainda mais garoto durante esta última fase que passou no meu clube. Um dos jogadores mais regulares do campeonato e capitão de equipa (!) deixa de o ser para se tornar num suplente em potência do clube das Antas. Muito bem jogado, Joãozinho. Claro que vão haver adaptações a fazer na mudança para o Porto: em vez do Happy Meal no McDonalds de Alvalade passa a pedir meia francesinha num tasco qualquer na Rotunda da Boavista e agora sempre que precisar de ajuda para roubar doces na mercearia ou não gostar do modo como os outros meninos o tratam no recreio pode pedir ajuda ao macaco dos Super Dragões. Já imagino o Bettencourt a tentar controlar o petiz à porta do Alvalaxia, qual progenitor divorciado que ficou com os garotos no fim de semana, à espera que o Pinto da Costa (o outro progenitor) apareça no seu SUV familiar cheio de coisas do SpongeBob no banco de trás, e leve o rapazinho que chora e rebola enquanto bate com os punhos no chão e gasta os remendos do Dragon Ball aplicados na zona dos joelhos. Eu acho que o Moutinho se vai dar bem pelo Porto, haverão outros meninos da idade dele para brincar e se não houverem pode sempre jogar umas partidas de damas na internet com o Miguel Veloso. Talvez até jogue à bola de vez em quando e tudo. E quando fizer outra birra e quiser sair, logo aparecerá alguém a limpar-lhe a baba e o ranho da cara e pagar-lhe um sorvete para acalmar as coisas. Apesar do negócio não estar ao nível das compras de garotos que a Madonna e a Angelina fazem por países pobres, não me parece mau de todo: sai um garoto, entram uns milhões. Podem até não ser muitos mas basta lembrar que quando vamos a um restaurante e pedimos uma meia-dose super barata, daquelas que vêm em pratinhos pequenos, e ficamos com fome, mesmo com o buraco no estômago achamos sempre que foi um bom negócio. E desta vez ninguém fica com um buraco no estômago.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Get behind the mule
Um burro a olhar para um palácio ou a Luciana Abreu numa visita à residência oficial do Presidente da República, dá no mesmo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Rave on
Se eu fosse um super-herói a minha habilidade tinha de estar relacionada com o poder e controlo da mente, ou algo assim. Primeiro, porque haveria uma natural ligação com as minhas sublimes capacidades intelectuais. Segundo, porque seria a maneira mais fiável de salvar o mundo das substituições do Carlos Queiroz e dos mentecaptos que escolheram os árbitros deste mundial de futebol. Esta auto-bajulação/constatação sobre coisas do mundial da FIFA serve para introduzir a premissa de que entretanto vi o filme Kick-Ass e até o achei engraçado. Não é espectacular mas tendo em conta que é um filme sobre garotos super-heróis até foi uma boa surpresa. Tal como o último filme de que aqui falei, este também tem o Nicolas Cage, a diferença é que neste a primeira vez que o vimos está aos tiros à filha. Eu acho que é um método de educação parental que já devia ter sido discutido há muito tempo. Se assim fosse, teria sido legítimo que os pais do Nuno Eiró o tivessem enchido de chumbo cada vez que o parvalhãozeco abria a boca. Dessa forma talvez as aspirações a vedeta se tivessem dissipado e não o teríamos na televisão a relembrar-nos que nem todos merecem o ar que respiram. Continuando. O filme é baseado num BD norte-americana com o mesmo nome, sobre um puto (Kick-Ass himself) que quer ser super-herói mas que na verdade não tem jeito nenhum para aquilo. E não tem mesmo, passa o filme a apanhar pancada qual Tina Turner enquanto era casada com o Ike. Aparecem depois mais uns heróis e uns vilões e a história é já conhecida: garoto obcecado por mamas, BD, super-heróis, garota, problemas, vilões, pancada, gente morta, reviravolta, mais pancada e tudo acaba bem. As cenas de pancadaria estão sangrentas e violentas o suficiente para não serem monótonas e o facto de serem adolescentes normais que não têm quaisquer poderes e que gostam de Gnarls Barkley só vem demonstrar que qualquer um pode ser herói, até a garotada com um gosto musical duvidoso. Obviamente que há fatos e armas e capas de super-herói que os protegem e dão estilo mas isso não parece ser razão para todos se salvarem. Pelo menos o Nicolas Cage não tem essa sorte e acaba o filme todo queimado. Mas só por fora, não é como o cérebro da Alexandra Solnado. A penúltima cena (salvo erro) tem uma miúda/super-heroína toda maluca e com problemas de interacção mais que latentes, aos pulos e piruetas a destruir meio-mundo ao tiro e à facada. Aponta quase sempre para a cara e acerta sempre em cheio, nunca falha. Um bocado ao estilo do Moutinho a marcar penalties mas ao contrário. Nessa cena torna-se ainda claro que a tecnologia de insonorização utilizada nos edifícios norte-americanos está a anos de luz da que foi aplicada no meu prédio. Enquanto a garota faz uma barulheira desgraçada a combater os maus (e isto sem falar no tiro de bazuca que é disparado) não aparece um único vizinho a queixar-se; enquanto eu vi o filme (e até ao momento em que escrevo este bonito conjunto de palavras) tive de levar com a chiadeira e ganidos dum cão qualquer lá fora.
Bom: A cena filmada como se fosse um first-person shooter está gira; ao longo do filme aparecem dois pares de mamas sim-senhor; surpreendeu-me a violência do filme. Isto é bom porque não estava à espera e sempre torna o filme mais animado, às vezes a tentar roçar os Kill Bill.
Mau: O cão a ganir lá fora; a personagem principal é um super-herói de merda; o cabelo do Red Mist; eu sei que existe em todos os filmes mas a publicidade neste é demasiado óbvia e sem vergonha; achei parva a actividade de voluntariado da namorada do Kick-Ass, o único auxílio que me vejo a prestar a um toxicodependente era se o visse a ser atropelado ajudar depois a descola-lo dos pneus. Odeio ver pneus sujos.
Mau: O cão a ganir lá fora; a personagem principal é um super-herói de merda; o cabelo do Red Mist; eu sei que existe em todos os filmes mas a publicidade neste é demasiado óbvia e sem vergonha; achei parva a actividade de voluntariado da namorada do Kick-Ass, o único auxílio que me vejo a prestar a um toxicodependente era se o visse a ser atropelado ajudar depois a descola-lo dos pneus. Odeio ver pneus sujos.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Just another sucker on the vine
O Cláudio Ramos deixou de achar piada às vuvuzelas quando o proctologista lhe disse que só serviam para soprar e fazer barulho.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Death burger!
Uma gaja feia e gorda numa festa é como o Filet-O-Fish no menu do McDonalds: toda a gente sabe que está lá mas ninguém quer comer.
To your place
Polivalência está para o Rúben Amorim como "o que quer que seja desde que seja para o cu" está para o Cláudio Ramos.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Phantom limb
quarta-feira, 23 de junho de 2010
The great red shift
O problema de trocar os pés pelas mãos é termos de nos descalçar cada vez que cumprimentamos alguém.
Birdwatching and vice versa
Não percebo a lógica de "mais vale um pássaro na mão do que dois a voar" quando é muito mais fácil apanha-los com uma pressão de ar.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Youtube series XX
This is Frankie McDonald and everything, I got my umbrella and everything, too much raining and everything, all flooded and everything. Have a nice day and everything, stay dry and stay safe and everything. Rain, rain, rain, earthquakes and everything!
(não acho que os terramotos e a chuva sejam o principal problema deste rapaz)
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Those whom the gods detest
Yo dawg
Yo Saramago, I heard you like being dead so we put a death on your death so you can be dead while you're dead.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Dead kid? Try a nice memorial tattoo
Faleceu o escritor José Saramago. Ao que parece, nem a morte é intermitente nem tão depressa será levantado do chão.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Pussy keep calling
A falta de jeito do Eduardo para guarda-redes é como a cona da Britney Spears: só não vê quem não quer.
Black they black II
Em Coimbra está um calor tão africano que qualquer dia a Madonna vem cá comprar o próximo filho.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Fur is for fucks
A única vantagem de ter tapetes de pele de animais é que além de não nos morderem ou rugirem quando lhes batemos para tirar o pó, com um bocado de sorte ainda nos aparece uma gaja da PETA toda nua.
Lost fur
Quando se caçam uns visons sabe-se logo o que fazer com toda aquela pele. Com a Lili Caneças já não é bem assim.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
What we all come to need
Hoje comi demasiado ao almoço, não sei se tome um digestivo ou faça uma prank call para a Somália.
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Talk shit eat dirt II
Essa gaja é tão porca que quando foi à Índia os indianos é que tiveram de levar vacinas.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Slow motion holocaust
O holocausto está tão presente na vida dos judeus que alguns ainda cheiram a queimado.
Hated, damned, despised
The relationship between Mel Gibson and jews is similar to that of Cookie Monster and cookies. The difference is that despite Mel never ate one, he hates them all.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
"You don't have a lucky crack pipe?"
Guess who's back, back again
Nicky's back, tell a friendGuess who's back, guess who's back...
Assim poderia começar a letra da música Without Me do rapper Slim Shady, se fosse sobre o actor Nicolas Cage no filme The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans. Que ele tenha feito uns implantes de cabelo e que tenha ficado com um penteado marado, eu aceito. Nem tão-pouco quero saber sobre os métodos de trabalho pouco ortodoxos que usa, tanto me faz. Agora, em que raio estaria ele a pensar quando aceitou fazer o Ghost Rider ou aceitou entrar num filme chamado Bangkok Dangerous? Que porcaria é aquela dos National Treasure? Como é que uma saga tão má que parece ser sobre um filho bastardo e atrasado do Robert Langdon e do Indiana Jones, rende o suficiente para fazer um terceiro filme? E há outros, señor Cage, há mais! Até há uns meses para cá nunca tinha ouvido falar no Werner Herzog. Também há bem mais que uns meses que não gosto dos filmes que o Nicolas Cage escolhe fazer embora isto não signifique que o acho mau actor. Pelo contrário, gosto muito de alguns dos seus desempenhos. Apenas sinto que tudo o que fez nos últimos tempos é uma valente bosta que não merece o meu tempo, e apesar da desilusão que é ver o moço de Wild at Heart a interpretar personagenzinhas que qualquer canastrão tipo Diogo Morgado consegue fazer, um gajo tem de ser forte e seguir com a vida. Porque a vida, como dizem as pessoas quando ficam sem assunto ou estão num funeral, é assim. The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans é uma lufada de ar fresco no que toca a filmes policiais. A não ser que tenham gostado das merdas que o De Niro ou o Al Pacino têm feito nesse campo ultimamente, nesse caso até são bem capazes de não gostar deste. Eu sei lá, isto hoje em dia como a vida anda... há gente para tudo nesta vida. É muito complicado, muito complicado... a vida dá muitas voltas, muitas voltas... lufada de ar fresco faz-me pensar no Fernando Mendes a sair de um salão cheio de gente. Com a quantidade de oxigénio que aquele homem-planeta consome, nem quero imaginar o alívio das outras pessoas quando são mandadas para a sala de descompressão. No fim devem fazer uma festinha e tudo: cada senhora leva um doce ou salgado e os homens tratam das bebidas (champanhe asti - as senhoras gostam dele doce - e outras bebidas variadas - normalmente six-pack de cerveja, um sumo de 2L ou então vinho branco, que assim as senhoras também bebem). Depois lá comemoram todos felizes a saída do Fernando Mendes do salão, com um copo de plástico numa mão e um rissol de chama-lhe-o-que-quiseres-mas-esta-merda-é-tudo-menos-camarão do LIDL na outra. Digo que o novo filme de Werner Herzog é um lufada de ar fresco porque é daqueles policiais em que o bófia não calha ser um mister universo qualquer e um grande garanhão das artes marciais que faz quase tudo sozinho e que além de resolver o caso, matar todos os maus e salvar os inocentes (tudo isto sem se magoar a sério) ainda volta para casa onde o espera uma mulher ultra tesuda, perfeita e compreensiva. O filme retrata um polícia muito sujo (bem ao estilo de como os miúdos da Casa Pia se deviam sentir depois das visitas à casa de Elvas) que encabeça a investigação de um múltiplo homicídio numa Nova Orleães ainda atordoada pelo furacão Katrina. Nicolas Cage não podia estar melhor no papel de Terence McDonagh, um polícia cabrão e drogado, com problemas de costas e que faz tudo para meter dinheiro ao bolso. Toda a depressão que deve ter sido Nova Orleães depois do Katrina está bem presente nas personagens e ambientes ao longo do filme. O alcoolismo, o vício, a sujidade, a desmotivação, a decadência... nada que não se observe também no Intendente mas num filme dos states fica mais giro. Além de Nicolas Cage, os outros actores conhecidos que entram também estão benzinho: Val Kilmer - gordo e desleixado a fazer o papel de outro polícia corrupto, Eva Mendes faz de prostituta de luxo boazuda e drogadona e, voltando ao hip hop, Xzibit interpreta o papel do principal suspeito da investigação e rei do tráfico lá da zona. E não é que o Pimp My Ride se safa a representar neste filme? Toda a trama do filme é interessante e o final, apesar de não ser nenhum "WOW NUNCA NA VIDA, QUE SURPRESA, PARECE O SEXTO SENTIDO", é bastante engraçado. O filme é mais que bom e para quem gosta do Nicolas Cage é sem dúvidas um must see. Para quem só gostou do Leaving Las Vegas devia também ser obrigatório. Primeiro, porque este é melhor, não se tratando apenas de uma fita deprimente sobre um bêbado a fazer de bêbado com uma gaja bonitinha ao lado. Segundo, porque a interpretação do señor Cage está ao mesmo nível, com a mesma intensidade e qualidade, embrenhado na personagem de tal forma que eu acho que se drogou de verdade para interpretar este papel. Para as outras pessoas que não se incluem nestas categorias... olhem, a vida é assim... muito complicada, dá muitas voltas.
Bom: Os delírios de Terence McDonagh estão muito bons. Aliás, toda a prestação do Nicolas Cage, repito, está; o filme não tem grandes cenas de acção o que é bom, dando espaço a bons diálogos e ao desenvolvimento das personagens. Ainda assim, a cena do tiroteio em casa do Xzibit é demais; a decadência recriada por Werner Herzog é, de facto, de sublinhar.
Mau: Não sei mesmo o que se passa com o cabelo do señor Cage. Se calhar é implicância minha mas duvido, aquilo é estranho; talvez a polémica que envolve o filme sobre se é um remake autorizado ou uma adaptação, se é original ou um bisonte americano de Ray-Ban Wayfarer no focinho a comer cupcakes num café muito in do Chiado com os seus amigos alternativos enquanto falam das coisas interessantes que viram na FNAC depois de lá passarem 3 horas a ocupar espaço, não ajude o filme a ter sucesso mas isso não pode ser desculpa para ignorar o facto de que é um bom filme.
Bom: Os delírios de Terence McDonagh estão muito bons. Aliás, toda a prestação do Nicolas Cage, repito, está; o filme não tem grandes cenas de acção o que é bom, dando espaço a bons diálogos e ao desenvolvimento das personagens. Ainda assim, a cena do tiroteio em casa do Xzibit é demais; a decadência recriada por Werner Herzog é, de facto, de sublinhar.
Mau: Não sei mesmo o que se passa com o cabelo do señor Cage. Se calhar é implicância minha mas duvido, aquilo é estranho; talvez a polémica que envolve o filme sobre se é um remake autorizado ou uma adaptação, se é original ou um bisonte americano de Ray-Ban Wayfarer no focinho a comer cupcakes num café muito in do Chiado com os seus amigos alternativos enquanto falam das coisas interessantes que viram na FNAC depois de lá passarem 3 horas a ocupar espaço, não ajude o filme a ter sucesso mas isso não pode ser desculpa para ignorar o facto de que é um bom filme.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Good grief II
Imagino que as pessoas cujo único desporto é a caminhada mas que fumam enquanto o praticam também queiram um caixão versão desportiva.
Braindead scum
Eu não tenho nada contra o deputado Ricardo Rodrigues. Por outro lado, também não tenho nada contra o uso de choques eléctricos para tratar deficientes mentais.
Nose dive
Não há maneira de tornar uma competição de consumo de coca justa quando o adversário é o Júlio Isidro.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Golden shower of hits
Um diálogo improvável:
- O Beto morreu.
- Qual, o do Sporting?
- Não.
- O do Benfica?
- Não.
- O das olheiras?
- Sim.
- Então é o do Sporting.
- Não.
- O do cabelo esquisito?
- Sim.
- Então é o do Benfica.
- Não, foi o cantor.
- Ah, já sei. Como?
- Teve um AVC, como o Toy.
- O Toy teve um AVC?
- Sim.
- E morreu?
- Não.
- Chatice...
- O Beto morreu.
- Qual, o do Sporting?
- Não.
- O do Benfica?
- Não.
- O das olheiras?
- Sim.
- Então é o do Sporting.
- Não.
- O do cabelo esquisito?
- Sim.
- Então é o do Benfica.
- Não, foi o cantor.
- Ah, já sei. Como?
- Teve um AVC, como o Toy.
- O Toy teve um AVC?
- Sim.
- E morreu?
- Não.
- Chatice...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Apocalypse 91... the enemy strikes black
Em Coimbra faz muito calor, parece África mas sem tanta SIDA.
Kinda future
Se uma pessoa com Alzheimer disser que vai esquecer o passado e pensar no futuro, é verdade. Tirando a parte do futuro.
A wolf in Jesus skin
Acho que a Alexandra Solnado se devia mudar para a Holanda. Ao menos lá as "conversas com Jesus" são legais.
domingo, 23 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Professional dog walker
Porque raio alguém acreditaria que cantar a música Parabéns a Você duas vezes enquanto se lava as mãos é a única maneira de eliminar todos os germes? Não faço ideia mas também não é importante, desde que funcione... e é exactamente disso que nos fala Whatever Works, por muito estranho que algo possa ser, se realmente funcionar já não é mau. Vejam o caso da convocatória do senhor Carlos Queiroz, por exemplo: é uma porcaria com pouco jeito mas se formos à final, que se lixe - resultou. Ou o queixo da Teresa Guilherme, que se algum dia tiver filhotes já tem ali uma bonita sombrinha onde os deitar durante as sestas na praia, poupando um dinheirão em chapéus de sol. Hum. Desde 2008 há três tipos de pessoas que gostam dos filmes do Woody Allen: as que gostam, as que não gostam e as gajas que gostaram do Vicky Cristina Barcelona por ser um bom filme para as miúdas, que apesar de burrinhas se acham todas cosmopolitas e modernaças (e aqui a esperança é mesmo a última a morrer, infelizmente), dizerem que adoraram. E isto não é assim tão mau. Quer dizer, antes isto do que falarem no Pearl Harbor quando a conversa é sobre bons filmes de guerra. Existem também apenas três tipos de sitcoms: as boas, as muito boas e as muito más. Podia dar um exemplo para cada uma das categorias mas um jogo é mais divertido e assim os que acharem a Big Bang Theory muito boa não se sentem tão estúpidos, já que este jogo não tem um resultado certo. Assim sendo, temos Arrested Development, Two and a Half Men, That 70's Show, Everybody Loves Raymond, Allo Allo, The Fast Show, Big Bang Theory, Green Wing, Man Stroke Woman. São três séries para cada um dos tipos de sitcom, divirtam-se! Continuando. Imaginem então (depois de se divertirem que nem uns tontos com o joguinho que inventei) o melhor destes dois mundos num só filme. Larry David (o careca por detrás de Seinfield e Curb Your Enthusiasm) faz de Boris, um gajo de meia-idade, génio da física e coxo que trata mal os alunos de xadrez e que se vê envolvido com Melody, uma miúda bonita do Mississippi, loira e burra que nem uma porta que ao longo do filme até vai evoluindo mas nunca o suficiente para deixarmos de achar que ela estava bem era a fazer porno. Todo o filme se passa à volta deste velho rezingão, misantropo e ateu, hipocondríaco incurável e detentor de um pragmatismo pessimista no que toca a interacções sociais de fazer inveja. E pronto a história é esta, afinal de contas é apenas mais uma comédia romântica do único realizador de comédias românticas de jeito. Mas o que é bom é exactamente isso. Com Woody Allen não há surpresas desagradáveis, como quando vimos uma gaja à noite e até a achamos boa e quiçá interessante mas depois vai-se ao Facebook e "hum... ok, o teu filme favorito é o Coyote Ugly e a tua citação favorita é carpe diem, 'tá certo então". Não, Woody pega naquilo que sabe fazer melhor e fá-lo bem, sem inventar e ainda assim sem parecer velho e chato. As incríveis mudanças de personalidade dos pais da garota loura durante o filme não podiam ser mais exageradas, gozando propositadamente com aquele tipo de pessoas que mal vão estudar para Lisboa se acham na obrigação de pôr uma fotografia no Facebook com um copo do Starbucks na mão. Muito para a frentex, de facto. O filme tem boas conversas proporcionadas em grande parte pela deliciosa diferença de génio entre Boris e Melody (confundir protões com cretinos não é para qualquer um) e a cena em que a mãe da garota sulista bate à porta ao ritmo da Sinfonia nº5 de Beethoven está muito boa. Vejam o filme, que além de até ser bom não é muito grande. Se forem um daqueles casos que só gostaram do Vicky Cristina Barcelona vejam este também. Quem sabe, até pode ser que apreciem e deixem de gostar daquelas merdas britânicas com o Hugh Grant e companhia.
Bom: Aprendi uma nova palavra - concatenar; a burrice da moça de voz country é tão grande e inocente que se torna bonita. Quando fala do prémio Nobel, a confusão com o nome Muggeridge ou quando pensa que o senhor jogou nos Yankees... muito bonito.
Mau: A personagem de Larry David parece não gostar muito de marisco o que torna a sua genialidade altamente questionável; já que a moça vai para Nova Iorque cheia de sonhos e aberta a novas experiências e não-sei-quê bem que podia haver uma cena de lesbianismo, just saying.
Mau: A personagem de Larry David parece não gostar muito de marisco o que torna a sua genialidade altamente questionável; já que a moça vai para Nova Iorque cheia de sonhos e aberta a novas experiências e não-sei-quê bem que podia haver uma cena de lesbianismo, just saying.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Much too young (to feel this damn old) II
O Manoel de Oliveira é tão velho que ainda tem o bilhete do Chegada de Um Comboio guardado.
Much too young (to feel this damn old)
Se a idade fosse realmente um posto o Manoel de Oliveira tinha-se reformado logo na 1ª República.
Rules to follow II
O Pedro Silva Pereira é tão merdoso que cada vez que fala um assessor acende um fósforo.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Bad scene
Tal como o boneco que as ajuda - o Pirilampo Mágico - muitas das pessoas apoiadas pela CERCI também não têm pernas ou braços e outras tantas terão os olhos tortos. Só ainda não vi alguém com uma antena fluorescente toda torta mas nada que umas férias em Chernobyl não resolvam.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Bad brains
Em Portugal há o costume de dar o nome de pessoas a receitas e outras coisas típicas. Temos a amêijoa à Bulhão Pato, o bacalhau à Gomes de Sá, as faianças Bordallo Pinheiro e, a partir deste mês, o AVC à Toy.
Your feeble mind
Uma pergunta para as ladies: que raio de merda pensam que estão a disfarçar quando descoloram o buço?!
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Purgatory dance party
Este ano o Mega Pic-Nic Modelo é no Parque Eduardo VII. Imagino que o Cláudio Ramos só vá pela after-party.
Send you no flowers
Um gajo sabe que vai ficar de sorriso na cara quando lê num URL enviado por e-mail as palavras "fuck", "midget" e "amputee".
quinta-feira, 13 de maio de 2010
When the shit hits the fan
Um asno qualquer da Academy Awards: Vá, este ano podemos nomear um filme de domingo à tarde bem rasco, daqueles mesmo maus e cheios de merdas mais que repetidas. Tem é de ter umas duas horas para as pessoas se enfadarem enquanto contam o tempo que falta para o final.
Uma burra qualquer da Academy Awards lá do Alentejo norte-americano (enquanto esticava o dedo e gritava "uh uh"): Já sei, já sei e tem a Sandra Bullock e tudo! É sobre um preto pobre, blá blá blá, história verídica, blá blá blá. Uma merda pegada, as pessoas vão adorar!E pronto, assim se explica porque raio este filme teve o sucesso que teve. Não pode ter sido de outra maneira. Para uma porcaria de filme sobre a relação entre um negro de um bairro desgraçado que afinal até tem jeito para coisas e depois se torna um sucesso a fazê-las, e um branco que não parece nada sim-senhor mas afinal é uma jóia de pessoa já chegava o Finding Forrester. No caso de Blind Side o rapaz tem jeito para jogar futebol americano. Ena, que estranho - um preto gigante e pobre com jeito para jogar futebol americano. Coisa rara nos states, decerto. Eu já aqui tinha exprimido o que acho das incrivelmente ridículas nomeações dos Oscares deste ano mas depois de ter visto o Blind Side só me apetece tirar a licença de porte de arma o mais rápido possível e descarregar uns chumbos aleatoriamente por uma qualquer rua de Hollywood. Se me enganar no caminho e for parar a Setúbal não faz mal, ao menos lá estão mais habituados a tiros do que a bons filmes. É que o facto de ter visto este filme lixou-me completamente as prioridades cinéfilas. Primeiro, porque se tirei duas horas para ver esta estrondosa bosta posso muito bem tirar mais não sei quantas para ver tudo o que a grelha de domingo à tarde da TVI tem para me oferecer; segundo, porque se me dei ao trabalho de ver o Blind Side posso também começar a ver todos os outros filmes de merda que vão saindo. E sim, os dois Sex and the City incluem-se nessa triste lista que já devem ter começado a fazer mentalmente. Não há muito para dizer sobre este filme - é mau, ponto final. É incrível como é que a Sandra Bullock ganhou o Oscar com uma interpretação tão medíocrezinha mas, se formos a ver bem as coisas, as interpretações da moça não passam disso mesmo - medíocres, aceitáveis, daquelas que um gajo diz "vá, até passa". O garoto que faz de filho dela é irritante e parece uma imitação chinesa, daquelas bem más que se partem logo a tirar da caixa, do Macaulay Culkin quando tinha 10 anos. O gajo que faz de preto grande e calado até nem está mal de todo mas articular meia dúzia de palavras durante um filme também não deve ser assim tão difícil, até aquela actriz surda que entrou na série Seinfield consegue. Nem o facto da Sandra Bullock ter escrito "MILF" na testa em cada cena que aparece torna o filme melhor. É uma nojeira pura e dura mas que de certeza muita gente gostou porque "ai, é daqueles que nos mete a lágrimazita no canto do olho e mostra como afinal ainda há boa gente no mundo que ajuda os pobrezinhos e, quem diria, logo num estado sulista". Nem dar fome dá, a porcaria do filme. Ao menos podia ser a treta que é mas ter cenas com boas refeições que estimulassem o snack nocturno mas nem isso. Toma lá duas horas de filme completamente insípidas e já vais com sorte. Eu reconheço que pode ser implicância minha e que possam gostar do filme mas também aposto que por cada 10 pessoas que gostaram ao ponto de o rever ou aconselhar, 8 ou 9 vêem Grey's Anatomy e acham a Big Bang Theory uma grande série de comédia. Mas relaxem, isso pode não querer dizer nada, como aquele caroço debaixo da mama que passado um tempo desaparece.
Bom: Apesar da intenção depreciativa com que é utilizado, o nome Woody Allen é dito uma vez no filme; o título do filme lembra-me três músicas de que gosto - uma, duas, três.
Mau: Tudo o resto.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Fuck what fireworks stand for
O Benfica é campeão, o Papa está em Portugal... só falta a Amália não estar morta.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Country phuck
Se o cancro fosse um país a embaixada ficava algures entre a casa da Fernanda Serrano e o apartamento do António Feio.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Trickbag
Não consigo ver um Citroën C4 sem pensar no McGyver a espetar um cabo banana num pedaço de plasticina cinzenta já toda mole do sol.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Keep your money. I want change
Passam-se hoje 57 dias desde que escrevi sobre um filme pela última vez. 57 é também o número de letras que usei para escrever a primeira frase. Nerdices sobre coincidências numerológicas à parte, hoje escrevo sobre o filme que vi há pouco chamado Mary and Max. É do mesmo realizador da curta-metragem Harvie Krumpet, vencedora de um Oscar e que há uns anos estava sempre a dar no canal Hollywood. Não sei porque é que este gajo gosta de protagonistas com doenças mais ou menos fodidas mas por mim pode continuar desde que o resultado sejam filmes que me agradam. É um filme animado mas não é para crianças, de todo. Há homicídios e suicídios acidentais e propositados, doenças mentais graves, excesso de peso e animais mortos, velhos e alcoolismo e um pastor de ovelhas gay. A história é sobre dois amigos por correspondência, ou pen pals se preferirem: Mary, uma garota australiana feia e gorda, com uma vida desagradável e solitária e Max, um judeu quarentão de Nova Iorque, autista e obeso. Bem sei que à primeira vista parece uma lista de coisas que se podem ler numa capa do jornal O Crime. Mas não é e estes são exactamente alguns dos elementos que tornam o filme bonito, de tão feio que é. Aliás, não vejam o filme com a expectativa de que é tudo muito mau mas no fim há uma fada montada num cavalo branco a distribuir doces pelo serviço de chá que fala e dança e conta piadas ao gato que fuma erva (e também fala), que por sua vez é muito amiguinho dum rato cozinheiro (que também fala). Não. Este filme tem bonecos mas não são desses. Agora que falei em pen pals recordo que no primeiro ano do ciclo impingiram-me isso nas aulas de inglês. Preenchi um formulário e sei que escolhi o número máximo de amigos que poderia ter. Deram-me depois uma lista com moradas e de todas só escrevi a uma que era do Nepal ou do Sri Lanka, já não me recordo. Só sei que não responderam. Nessa altura cheguei a receber uma carta de Inglaterra de um garoto ou garota qualquer mas tal como o meu amiguinho nepalês ou cingalês também não respondi. De volta ao Mary and Max... no filme há uma personagem que não tem pernas e é agorafóbico. Acho que um perneta agorafóbico é uma ironia do caraças - um gajo que não pode ir a quase nenhum lado ter medo de ir a qualquer lado. Apesar da infância triste a Mary lá cresce e casa-se. O casamento não dura muito mas ela tem culpa no cartório, então o marido (que antes já se afirmara como fã do Sr. Boy George) leva-a a Mykonos na lua-de-mel e a burra não suspeita de nada? O filme é bom mas parece-me que não teve lá grande sucesso. Se não fosse uma animação e tivesse o Tom Hanks no papel de Max, todo gordo e sebentão a suar o fato de treino gritava-se logo nomeação para os Oscares. Tenho ainda de fazer referência às receitas culinárias do Max, aposto que as encontrou num livrinho de apontamentos da Beth Ditto mas para se armar em esperto diz que as inventa. Por fim, a piada privada é demasiado óbvia para ser ignorada: a Mary só pode ser a filha bastarda do vidrinhos.
Bom: O filme é quase a preto e branco e isso dá um ambiente muito apropriado à história; gostei do sotaque usado pelo Seymour Hoffman; a certa altura do filme parece que começa a tocar a música da Liga dos Campeões mas depois vai-se a ouvir e não é. Isto parece-me bom, não gosto cá de misturadas; a cena do mimo é isso mesmo - um mimo.
Mau: Apesar de ser um filme de animação e de ter animaizinhos e tudo, o filme pode tornar-se um bocado deprimente; por muito má que seja a vida de alguém, gostar do cheiro a galinha molhada não ajuda em nada.
Subscrever:
Mensagens (Atom)