quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Come on Christmas

A tradição do azevinho é fodida.

domingo, 23 de dezembro de 2012

No sentiment

O Marcelo Rebelo de Sousa é uma espécie de consultório sentimental do país.

The company dime

Fazer o presépio sem a vaca e o burro é como ir a um jantar de Natal da TVI sem a Alexandra Lencastre e o Nuno Eiró.

A constant refrain

O Natal é a altura do ano em que percebemos que afinal há muito mais pessoas que não gostamos, só as vimos é na Consoada.

Sophisticated bitch

Sem querer, usei um gel de banho com perfume a morango e agora cheiro a rebuçado. É o mais perto que já estive do blogue A Pipoca Mais Doce.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Killing all the flies

Tenho a imaginação tão fértil que de 9 em 9 meses tenho de ir ao neurologista, em Badajoz.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Can I kick it

A pele da Lili Caneças está tão esticada que cada vez que sorri faz um duplo rotativo no ar e diz adeus com a mão direita.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pulling the Christmas pig by the wrong pair of ears

Imagino a desilusão das crianças da minha família quando crescerem e perceberem que o mais próximo do Pai Natal que alguma vez conheceram foi a minha barba.

What may be safely written

Estão a ver aquelas pinturas em que é preciso perder horas até conseguir ver o que lá está? Com a assinatura do Michael J. Fox passa-se o mesmo.

Draining their batteries

Comer uma concorrente da Casa dos Segredos é como comprar pilhas numa loja dos chineses, até sai barato mas não presta.

One cold face

Tenho as mãos tão frias que o coração do Vítor Gaspar já me pediu o número para lhes bater o couro.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Old youth

Ainda sobre o aumento da taxa de mortalidade infantil em Portugal, alguém que convença o Mário Soares daquilo da velhice ser a segunda infância.

Zyklon-B-movie

Dou sempre prioridade às senhoras, não uso as calças por dentro das botas nem bolsas à cintura, não digo "meu puto" nem "chavalo" e não oiço dubstep; ao mesmo tempo gostava de partir os braços e o pescoço a quem o faz. Sou uma espécie de Steven Seagal do bom gosto.

Drawn back to misery

A relação de Passos Coelho com a Constituição é como a de uma criança com um livro de colorir: faça o que fizer, vai ser uma merda.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Market demands

Estamos em Novembro mas há pouco dei por mim a assobiar uma música de Natal, acho que estou a transformar-me num funcionário do LIDL.

Turn os the news

"Taxa da mortalidade infantil aumentou em 2011". Afinal, talvez haja esperança para a família Malhoa.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

None

Do downsizing do lifestyle da Margarida Rebelo Pinto e do upgrading da sua stupidity

Esqueçamos a controvérsia que a escritora Margarida Rebelo Pinto (MRP) tão naturalmente inspira no seu meio e concentremo-nos apenas na entrevista do Jornal i, publicada no passado Sábado. Comecemos pelo título infeliz que, coitado, é fruto estragado de uma muito mais triste afirmação ("downsizing do meu lifestyle" é uma frase que não destoaria entre os versos da mais recente canção da filha da Ana Malhoa) e percamos depois algum tempo no facto com que nos deparamos no subtítulo: mais de um milhão de portugueses compraram o último livro da MRP. Isto significa que quase um décimo do país partilha o apedeutismo que a autora exemplarmente promove na sua obra. Não sou ingénuo ao ponto de pensar que parte significativa desse milhão e tal de leitores pop (segundo a jornalista, a escritora inventou a literatura pop em Portugal o que, mesmo desconfiando da veracidade da afirmação, confirmando-se, só vem enfatizar a relação entre um poço vazio e a obra de MRP) tenham comprado o livro “O Amor é Outra Coisa” para o queimar de seguida. Também não tenho o descaramento de arriscar que a inteligência dos portugueses que compram os livros da senhora é inversamente proporcional à dos portugueses que guardam os seus euros para coisas mais úteis mas acredito sem reservas que o rácio entre as duas grandezas seja desmoralizante. Não se pode dizer que estes números sejam esmiuçados, até porque para a entrevista era pouco relevante, mas o leitor fica a saber que a obra de MRP é lida por muitas adolescentes. Ou seja, do milhão e tal de compradores e leitores muitos são adolescentes do sexo feminino, amostra insuficiente para ilustrar o pessimismo que aponto à capacidade intelectual das gerações recentes e vindouras mas relevante para a análise da puerilidade inconsciente na obra da escritora pop. Uma nota pessoal: nas artes só falo do que leio, vejo ou oiço, o que me deixa à vontade para falar da autora. Foi na adolescência que contactei com a sua obra mas aos preconceitos a que a autora se refere na entrevista, chamo-lhes bom gosto e esse já estava praticamente definido quando a li pela primeira vez. Sobre isto apenas reafirmo a minha crença numa vida triste para quem iniciar a vida de leitor com uma qualquer historieta pop da escritora. Continuemos. Nesta errática entrevista (ainda que se aplauda uma salva solitária à jornalista Rosa Ramos pelo esforço em confrontar a autora com os seus devaneios de dondoca escrevinhadora) MRP demonstra aquilo que é no seu âmago, apresentando-se como uma sacrista da futilidade reinante, um organismo com uma dezena de dedos nas mãos ligadas a um cérebro com acesso a equipamento de escrita mas que nunca chegou a escritor. Às perguntas de Rosa Ramos responde uma pessoa com um desprendimento insultuoso com a literatura enquanto arte; uma autora que não respeita nem consegue defender a própria obra quando é confrontada com os frequentes lapsus calami dos seus textos, acusações a que reage com cinismo e falta de memória. Mas Margarida Rebelo Pinto é muito mais do que a mulher escritora que conhecemos, ela é, talvez até de forma mais esclarecida, uma não-escritora. De outra forma seria impossível a definição que dá de literatura pop como o subgénero que tolera imprecisões históricas e confusões entre cegonhas e pássaros, com a confiança que só o sucesso mal atribuído e uma profunda ignorância permitem. Temo que isto possa parecer um ataque gratuito à escritora e sua obra, e talvez até concorde com a parte do ataque, mas a gratuitidade não existe. É que MRP e toda a sua panóplia de palimpsestos e narrativas regurgitadas representam não um tipo de pessoas (pois nem todos nascemos de psicólogas, nem estereotipamos de modo bacoco) mas é símbolo de uma certa classe social portuguesa, algo que observamos ao longo da entrevista do Jornal i e no contacto directo com alguns dos habitat das suas histórias. Depois de uma defesa de Isabel Jonet e de ficarmos a saber que em casa não come bifes todos os dias, a autora agracia-nos com a redução de toda a parolice portuguesa numa só frase quando, sobre a crise, afirma ter feito um downsizing do seu lifestyle. Eu não quero parecer boring nem estimular demasiados LOL mas esta frase merece um WTF. Para Margarida R. Pinto uma redução no estilo de vida significou abdicar duma casa com jardim e piscina, isto vindo da mesma pessoa que momentos antes dizia que a sua literatura fala da vida como ela é. Obviamente que para MRP a “vida” não é “como ela é”. Para a escritora a vida é de tal maneira que é a própria a balbuciar que em 1998 Portugal estava um brinco e “era uma loucura” em que as pessoas tinham dinheiro e pouco pejo em gastá-lo. Talvez lhe tenha escapado o polvo público criado por Guterres, ou que tem sido com essa prodigalidade saudosista que se tem arruinado o país desde os ministérios de Fontes Pereira de Melo, mas isso são contas de outro rosário, até porque da educação católica MRP só guardou “as coisas boas”. De facto, a vida como ela é não é a vida de Margarida R. Pinto. Nem todos têm a sorte de se inspirar com os pés demolhados na salsugem insolente da baía de São Martinho, ou escolher entre comer bifes ou ter piscina; nem todos têm ainda a sorte néscia de crescer num país onde se valoriza uma carreira fundada na verborreia com 19 livros editados em apenas 13 anos. Não vou referir as considerações da autora sobre o aspecto das pessoas mas deixo o apelo para que vá até ao Banco Alimentar procurar os pais das muito mais de 10.000 crianças portuguesas que passam fome diariamente, para os sensibilizar sobre a virtude de ser pobre e imberbe. Não falarei do sexismo esquizofrénico que pulula na maioria das suas respostas, nem irei tocar a política, área que domina com a subtileza de um elefante cirurgião. Não falarei mais da autora sequer. Antes termino com Sade que já em 1788, da mesma forma que o oráculo de Eça se referiu quase um século mais tarde a alguns membros do P.I.G.S., escrevia sobre as Margaridas Rebelo Pinto que parasitam e estragam as artes em Portugal:
 
«Mas seja qual for a situação em que o haja posto a natureza ou a sorte, se quiser conhecer os homens, que fale pouco quando estiver com eles; nada se aprende quando se fala, só nos instruímos ouvindo; e eis por que os palradores não passam habitualmente de parvos.»

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Butcher knife bloodbath

Aposto que a maioria das africanas gostava de ser homem só para poder dizer "excisa-me mas é o caralho".

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Hallowed be thy name

O filho do Nilton chama-se Noah. É incrível, nem o garoto escapa ao humor do pai.

Far too close

Não sei o que é pior: o Sporting ou uma piada do Nilton.

Mob rules all

Começo a achar que quem manda no Sporting são as mesmas pessoas que produzem os discos da família Malhoa.

Signals from above

Há pessoas que vêem certos sinais como um presságio mas o oncologista do meu vizinho só viu cancro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Birth plague die

Não é que defenda a redução demográfica, só acho é que no caso da Ana Malhoa os partos deviam ser feitos à paulada.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Put it in the pocket

O Papa lançou um novo livro sobre a infância de Jesus. Já não se via tanto bilhar de bolso na apresentação de um livro desde que saiu o Fifty shades of Grey.

Anything Jesus does I can do better

O novo livro do Papa sobre a infância de Jesus está para a comunidade católica como a revista Gina para os adolescentes nos anos 80.

Changing lanes


O título desta notícia também podia ser: "Manoel de Oliveira vítima de violência sexual na Suécia" ou "Manoel de Oliveira: sexo depois do Neolítico".

Priest with the sexually transmitted diseases, get out of my bed

Não sei como há quem não entenda a igreja católica, a maioria dos padres até costuma trocar tudo por miúdos.

The unwilling... Led by the unqualified... Doing the unnecessary... For the ungrateful

Há quem goste de soprar bolas de sabão e depois há o Goucha.

All alone

Deixaram-me sozinho no meu local de trabalho. Se fosse o Vítor Gaspar fodia tudo à minha volta e depois explicava-me de modo a que ninguém percebesse, como não sou vou só pôr mais uma música no ar.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Missing my son

Hoje assinala-se o dia internacional do homem, o que para a Filipa Gonçalves significa receber uma coroa de flores do pai.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

And we thought nation-states were a bad idea

Alguém tem o número do Miguel Macedo? Queria limpar a entrada de casa mas não encontro o meu Corpo de Intervenção.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Career-minded individual

Deve ser em dias com o de hoje em São Bento que o Jorge Palma se arrepende de não ter ido para a PSP.

Scavenger type

Um cigano foi preso por agredir um polícia depois deste o impedir de perseguir um ladrão que lhe assaltara a mãe, tudo isto numa altura em que o mesmo cigano é testemunha de um processo em que foi vítima de roubo. A vida do Quaresma parece que foi escrita pelo David Fincher.

Cocky is back

A greve geral de hoje está como o rabo do Cláudio Ramos, com uma adesão do caralho.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

You can live at home

A Câmara Municipal de Lisboa pediu às pessoas para não colocarem o lixo na rua. Tendo em conta que o Sá Fernandes ainda é vereador até se percebe que estejam habituados a deixar o lixo em casa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Too fat, too thin

Está um vento bestial para lançar um papagaio, ou como o gajo dos The Kills lhe chama: "um passeio com a mulher".

The deutsch mark is coming

A Merkel vem hoje a Portugal mas eu estou tranquilo, deixei a carteira em casa.

Happiness, we're in this together

No dia em que a Merkel vem a Portugal o Vale e Azevedo decide voltar também. Isto não é uma visita oficial, é uma convenção de ladrões.

sábado, 10 de novembro de 2012

Hate, myth, muscle, etiquette

O Zé Pedro é uma espécie de Sísifo, também carrega sempre uma grande pedra.

Lazarus runs

Cavalo de corrida é uma música dos UHF e aquilo que o Zé Pedro chamava a cada vez que perdia o autocarro para o Casal Ventoso.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Isn't it a pity?

Antes quando procurava sexo por piedade dizia que era órfão, agora bastava dizer que sou do Sporting.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Deeper into movies

É isto que eu acho da compra da Lucasfilm pela Disney:

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Runs in the family

Não faço ideia como é que esta foto de família do Cristiano Ronaldo veio parar ao meu computador.

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Who's that brown

A maior parte das pessoas quando quer comer castanhas assa-as. O Cláudio Ramos envia uma SMS ao Daniel Nascimento.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dustgil

Tenho a casa tão suja que nem precisei de decoração para o Halloween.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

The essential salts

Detesto quando os meus pacotes de sal vêm com amendoins.

Cover me in resolve

Nem tudo é mau no desemprego, ao menos diminuem as desculpas sobre ficar até tarde no trabalho.

Wash it all away

Um gajo sabe que precisa de ter mais cuidado quando anda a lavar o cabelo com o resto de champô que fica na embalagem diluído em água há mais de um mês.

Fashion statement

Dizem que o preto fica sempre bem mas eu já estive na Cova da Moura e discordo.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

None

Não me considero um gajo razoável, apenas com bastante paciência. O que se passa é o meu tipo de paciência, ou melhor, os meus tipos de paciência. Tenho duas, uma nula que existe para as coisas pequenas, nada fundamental a atrapalha mas que se mantém constantemente ocupada com ninharias e tudo o que são miudezas arrepiam-na como o arco arrepiaria as cordas de um violino na ocasião de ser tocado por um rinoceronte. E depois tenho outra, a única que interessa, a paciência verdadeiramente dita: demorada, silenciosa, observadora, longa pois tudo o que é fundamental merece exacta medida; o tipo de paciência que às vezes se confunde com razoabilidade e sensatez. A primeira rebenta-me a cada 30 segundos de um jogo de futebol, a segunda rebentou ontem, Sporting. Aliás, se há virtude que não possuo é a da razão. Porque se a tivesse há muito que me teria aventurado pelo contrabando de armas online e teria adquirido um revólver para o meu bowling columbino, dentre outros sítios, em Alvalade. Sim, o teu bairro. Pelo menos parece-me bastante racional, isso de eliminar os elementos fracos para crescer melhor que depois pisca o olho na expressão popular “cortar o mal pela raiz”. Mas não é nada disso, o que se passa é que vou aguentando e vou esperando paciente, com pachorra, sem delírios nem pedras na mão. Eu espero, eu espero. Veremos, veremos. Há que esperar, há que esperar, é o que eu e muitos mais pensamos. Que ainda não chegou, que depois de um fim falta a final e a finalíssima e que nada está resolvido quando soa o apito final; que ainda há mais alguma coisa para ver… E há, porra! Infelizmente há. Quando uma festa se torna aborrecida uma pessoa que goste de se divertir sabe sempre sair a tempo de apanhar outra melhor, não é? Da mesma maneira, uma pessoa que foi enxovalhada sem razão, tratará de tudo para que a honra lhe seja reposta, que justiça se faça, nem que seja com um atestado passado em cima duma mesa de café, escrito num papel fino a desejar “Bom Apetite”. E o nome? E o emblema? Ouvirás perguntar alguns velhos do Restelo preocupados. E o nome nada, tendo em conta aquilo em que nos estão a transformar seres o clube da nação já tem pouco valor. Quanto ao emblema, quando uma vila sobe a cidade acrescenta-se uma torre ao brasão, tal como quando uma vila desce a aldeia também perde a devida torre. Por fim, alguém que não suporta despedidas, com a frieza que se exige a uma tão recta decisão, evitará sempre ligar-se ao ponto de um dia ser obrigado à tortura de dizer adeus. Portanto não é um adeus, Sporting. Mas é um “então vá, vamo-nos vendo” dito com as mãos nos bolsos e um acenar de cabeça, como quem tenta afastar o mais possível com um movimento inútil. Uma vitória no campeonato? Oceano? Vercau... Quem? Não. Assim, não. Resolução Juventus 2006 contigo. Terapia de choque. Estou farto de ser de um clube que me põe infeliz, para isso tenho as notícias e o projecto a solo do Kalú. Qualquer dia quando quiser saber notícias tuas em vez de ler um jornal vou ao Olx. Não pode ser, Sporting, eu não uso o Olx e tu também não devias. Eu sei que os teus amigos gostam muito de dizer que não é só futebol mas lamento informar-te: é só futebol. Sem futebol esmigalham-se ainda mais as esmolas para as outras modalidades, que tirando a honra das vitórias rendem tanto como um licenciado em antropologia em casa dos pais. Se assim é o que é, sem a voluntariedade anciã das outras modalidades seria como estares num programa de cozinha num Renault 5, com a Sónia Brazão a cozinhar e o Angélico a conduzir. Não te dou explicações, não é que não tas deva mas ser de um clube não se explica, é só estúpido e belo mas por agora já chega. Agora que penso, até fico com mais tempo para outras coisas e para ti é indiferente. Bem vistas as coisas talvez seja o melhor para os dois, assim como assim hei-de saber sempre onde encontrar-te. Fica descansado, a lâmpada não fundiu, foi desatarraxada e o candeeiro desligou-se porque agora vai para o sótão mas eu prometo ir limpando o pó. Bom, então olha, vamo-nos vendo. Manda cumprimentos ao Paulinho que o gajo nem deve andar a dormir bem.

Freedom lika shopping cart

Tristezas não pagam dívidas mas a julgar pelo meu cesto da mercearia compram uma data de merdas.

Equal mind

O Miguel Ângelo é uma espécie de Alexandra Solnado da música.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Big dwarf rodeo

O Messi ganhou hoje a Bota de Ouro, agora só falta crescer uns números para a conseguir calçar.

Jagged visions of my true destiny

Um investigador português afirmou que daqui a dez anos metade de Portugal terá cancro. Meus caros, a Fernanda Serrano é uma visionária.

sábado, 27 de outubro de 2012

Always read the label

Ainda não li o livro mas encontrei este bom resumo na internet.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

fading sounds of your life

Há quem diga que para apreciar dubstep é preciso um bom sistema de som mas eu acho que basta mau gosto.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Acceptable violence

Segundo o jornal Público, dois políticos guineenses foram espancados pelo exército. Sempre achei que as boas ideias deviam ser importadas e assim sempre se calava aqueles que dizem que o exército não serve para nada.

Hail destroyer

Das duas uma: ou no Sporting lêem muito Schopenhauer ou então levaram demasiado a sério aquilo do mundo acabar em 2012.

Sadness comes home

Ser sportinguista neste momento é como a fome em Portugal: há muita vergonha escondida.

New planet

Uma das diferenças entre o Fernando Mendes e Júpiter é a gravidade.

Single successful guy

Um gajo sabe que atingiu o topo da carreira televisiva quando se chama Fernando Mendes e tem um preto cujo único trabalho é segurar os sacos de presentes que os convidados nos trazem ao programa.

How to skin a cat

No caso do meu vizinho não foi a curiosidade que matou o gato, foi um jipe.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Take it in blood

Hoje é o dia internacional do cancro da mama mas para a Simone de Oliveira tanto faz.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

This trust will kill again

O Primeiro-Ministro disse que o governo não está para cair, isto tem tanta credibilidade como o engenheiro que fez a ponte de Entre-os-Rios.

Keep each other warm

O B Fachada tem uma música chamada "Só Te Falta Seres Mulher", não sabia que além de ser foleiro também conhecia o Cláudio Ramos.

Follow, conform, repeat

A Moda Lisboa é como uma caderneta da Panini: muitos cromos repetidos.

Low places

Tempos houve em que o Carlos Castro os teve no sítio, depois apareceu o Renato Seabra.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Church with no magic

"Bento XVI apela à partilha", cá está o Papa a piscar o olho ao swing.

Amores de Marta

Tendo em conta o historial de relações da Marta Leite Castro bem que podiam chamá-la para acabar com a crise.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Closet monster

Além do dia internacional das meninas, hoje também é o dia de sair do armário. Se fosse há uns anos, para o Eduardo Beauté era uma espécie de Carnaval no Natal.

Little girls pointing and laughing

Celebra-se hoje pela primeira vez o dia internacional das meninas. Não sei se felicite o Cláudio Ramos ou o José Raposo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pavane pour une infante défunte

Não percebo porque é que tanta gente ficou indignada com a campanha "À Procura de Diana". Experimentem ir ao túnel da Pont de l'Alma, em Paris, pode ser que ainda encontrem um bocadinho dela.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Selfesteem handicap

Está marcada para hoje uma manifestação de deficientes na Assembleia da República. Isto é mais ou menos como um travesti querer distinguir-se num grupo de drag queens.

Slower than guns

Suponho que as pessoas com síndrome de Down tenham sempre uma morte lenta.

Hate paper doll

A Bárbara Guimarães é como um cabeçudo do Carnaval de Torres Vedras: grande, vistosa e oca por dentro.

Her justice

A justiça em Portugal é como o José Cid: meio cega.

sábado, 29 de setembro de 2012

Small man, big mouth

A primeira vez que o Cláudio Ramos ouviu o verbo compilar, perguntou logo se podia tirar o "r".

Nong eye gong

Há quem diga que os olhos não comem, o rabo do Cláudio Ramos discordará.

The funeral procession

Uma vez fui a um funeral com muito mais piada que o Nilton e o morto nem sequer tinha uns óculos parvos.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Youtube series XLIV

Ela enganou-se mas não é nisso que estão a pensar, pois não?

domingo, 23 de setembro de 2012

It's the drug I'm needing

O recuo na alteração da TSU está para este governo como a metadona está para a heroína: ajuda a disfarçar mas continua a ser uma merda.

The love life of the ocptopus

O amor é mais ou menos como um escaldão: primeiro apanha-se e depois dói como o caralho.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Secret Schadenfreude

Quando um assunto está em sigilo profissional significa que só podemos falar dele ao jantar, não é?

Pattern against user

A inteligência em Portugal é como um bidé. A maioria das pessoas tem mas quase ninguém usa.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Vice

Eu por lá outra vez.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Well I'll be a monkey's uncle

Há quem tenha macacos no nariz, no prédio do meu primo da Damaia é no 3º direito.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hairspray suppository

O cabelo do Paulo Portas é como eu a jantar fora: também partilha as entradas.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Money and greed is paramount

Governo tira mais de um salário aos privados. Grande coisa, uma vez fui a um privado no Passerelle e ficaram-me com muito mais que um ordenado.

Socially fucked up

Este governo é como um pedófilo, quando se trata de foder escolhe sempre os mais pequenos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cheap wine

Há vinhos com mais pé que o Paulo Gonzo.

I hate sports

I used to date a volleyball player but she was allways networking.

Grease

Uma vez comi uma gaja tão parola que no fim da noite estava a arrotar a azeite.

Ritual famine

Aposto que se o corpo de Cristo fosse uma bifana e uma imperial havia muito mais gente a comungar.

Drunk sincerity

Quando o Toni ouviu falar em Rio Tinto pela primeira vez perguntou logo se dava para drenar.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Just height the ball

Portugal venceu esta semana a medalha de prata em boccia nos Jogos Paraolímpicos de Londres. Tendo em conta que se trata de atrasados mentais a brincar com bolas, estranhei não ver o Cláudio Ramos no pódio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Tools for war

A diferença entre uma zona de guerra e umas obras em Portugal são as caricas de Super Bock no chão.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

He's not getting older, he's getting bitter

Um gajo sabe que está a ficar velho quando, no banho, a barba faz mais espuma que o cabelo.

Book of muscle

Não sei quem é que gosta mais de ler Hemingway, se o meu cérebro ou o meu fígado.

Sexually transmitted electricity

"Surto de sífilis suspende filmes porno nos EUA", ainda não terminei de escrever esta frase e a minha mão esquerda já começou a definhar.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Worthless is the freedom bought... II

Alguém tem um sistema judicial russo que me possa emprestar? É que estão três garotas barulhentas à porta de minha casa e não sei o que fazer.

Worthless is the freedom bought...

A liberdade de expressão na Rússia é como um chapéu: em casa não se usa.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Just like a woman

A principal diferença entre ter o Jorge Jesus ou a Lili Caneças a treinar o Benfica é a cor das madeixas.

Vagabond virgin II

É incrível como é que em 54 anos de vida nunca ninguém sugeriu um aparelho para os dentes à Madonna.

Vagabond virgin

A Madonna faz hoje 54 anos mas se formos rigorosos isto em idade canina dá muito mais.

Fat phony chicks

As gordas são como a massa com atum: só se comem no final da noite quando estamos bêbados e não há mais nada.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Strike up the band III

Uma vez fui a um concerto dos João Só e Abandonados mas não consegui ver os abandonados, o João já estava em cima do palco.

Strike up the band II

Depois de ver o vocalista dos João Só e Abandonados troquei as referências a amor e paixão por "eterno virgem" e "pívia solitária" e as letras das músicas passaram a fazer muito mais sentido.

Strike up the band

Não percebo a banda João Só e Abandonados, se é para ver e ouvir merda com um gordo pelo meio vejo o Preço Certo em Euros.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Gin soaked boy V

Gosto das minhas bebidas exactamente ao contrário da prestação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Londres: fortes.

Gin soaked boy IV

A diferença entre mim e o F.S. Fitzgerald a beber gim tónico é que eu estou vivo.

Gin soaked boy III

Há quem fale da família, da saúde, do trabalho ou dos sucessos pessoais alcançados, mas a mim a melhor coisa que aconteceu foi o bom gosto ter vindo acompanhado por um fígado à altura.

Gin soaked boy II

A diferença entre mim e uma prostituta a usar gelo é que eu ponho-o nas bebidas, não na vagina no final de um dia de trabalho.

Gin soaked boy

A diferença entre mim e um homossexual a usar pepinos é que eu ponho-os no gim tónico, não no rabo.

Hide n seek

Alguém que diga aos Camarões que o jogo das escondidas não é modalidade olímpica.

Who am I? (what's my name?)

Estou a comer comida que alguém trouxe até o meu local de trabalho, serei o Fernando Mendes?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Boom bye bye

"Dois mortos na festa de rescaldo do Boom Festival". Quem diria que, afinal, a música trance serve para alguma coisa.

Rained the whole time

Manila parece um analfabeto a jogar batalha naval, só mete água.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

India lately III

A fazer um caril tão bom e com a barba deste tamanho não admira que tentem despir-me e enfiar-me os dedos no rabo sempre que vou a um aeroporto.

India lately II

Faço um caril tão bom que os meus vizinhos já vieram perguntar se também vendo tapetes.

India lately

Faço um caril tão bom que quando cago levo vinho para acompanhar.

sábado, 4 de agosto de 2012

None

Algures durante o dia de hoje, 3 de Agosto de 2012, poderia ter havido um Rocco de quinze anos preso num corpo com mais dez. Algures encerrado entre os vales junto ao mar, por terras a que em tempos se chamaram reino de Galiza, esse Rocco poderia estar divertido e animado, quem sabe alterado, bem acompanhado, ou não, mas isso também não seria um verdadeiro problema. Com os batimentos cardíacos perto daquilo que será um pedófilo perdido numa Toys "R" Us, as sapatilhas velhas, os calções demasiado usados e demasiado curtos e uma t-shirt da Fruit of the Loom (claro) que fale sobre quem a veste se quem a ler também souber ouvir. Pó na cara e narinas enegrecidas, com o fígado a tratar da papelada necessária para a bexiga emigrar, assim poderia ser esse tal Rocco. Calmo e sereno, feliz e divertido, genuinamente divertido, provavelmente bronzeado e com um aspecto menos tuberculoso e animado pela música e pelo amor (sim, que esse tal Rocco podia estar só a falar de música mas não, agora teria o peito mais ocupado que uma Villa Amalia, fique lá onde isso ficar, que é como quem exclama "no que é que tu te foste meter, ó Grécia"). Só de pensar nela (na namorada, não na Grécia) ficaria maluco como a Ellene DeGeneres numa festa da Heidi Klum, mas enquanto a Ellene DeGeneres ficaria a escorrer pelas pernas como se estivesse a treinar a selecção de caiaque dos EUA, Rocco teria uma erecção, não pelas dezenas de mulheres que eventualmente estivessem a banhar-se na cascata da piscina da Heidi, mas porque a festa era para ajudar a combater a fome em África e isso lembrá-lo-ia da sua namorada que além de muito atraente também iria gostar de ajudar atirando comida aos pobrezinhos. 5 Pontos na cara, 3 no peito e/ou mãos, 1 nas pernas e/ou braços, se chorarem antes dos 2 minutos conta-se um ponto a cada 30 segundos depois do início do choro. Dicas: tentar sempre jogar nos escalões mais baixos que estão cheios de crianças que são mais fáceis de bater e ajudam a enriquecer o ego; se algum tentar fugir basta agitar o pacote de Maltesers congelados dentro do bolso. Num plano mais alargado, se forem jogar bowling devem envolver o corpo em papel celofane por causa da SIDA que passa entre os buracos das bolas. É preciso ter consciência que em África a SIDA passa-se, tal como o Pepe a jogar à bola ou uns gramas de droga à porta da casa do Kalú, se bem que se estão a jogar bowling algures em África e a suar em celofane enrolado por baixo da roupa é porque já devem conhecer os cantos da casa. Mas, como dizia, hoje poderia ter havido esse Rocco, um Rocco veraneante, ao sol e com praias de areia por perto, tapas à mão e mojito na mão. É certo que o café em Espanha é mau mas com a descarga de decibéis a que estaria exposto nada mais seria necessário para o manter acordado. Sejamos sinceros: não era uma nem duas nem três, eram várias as bandas e, ainda assim, havia uma mais sincera que todas as outras que o levariam até lá (e poderiam ter sido duas não fosse a outra cancelar). Mas não. Quis não sei o quê que Rocco passasse pelas ilhas de cá, essas não, as outras, mas só uma, a alta. Quis que perdesse tudo o que é do bom e do melhor durante um ano: amigos, beijinhos, passou-bem, mãos dadas, abraços, cochilos e concertos, o concerto! Que em vez de estar na fila para senhas de cerveja estivesse a passar novenas e que em vez de pulos, braços no ar e nódoas negras estivesse em casa a escrever algo parecido com isto. Isto que seria apenas mais uma desculpa de Rocco para poder queixar-se sobre o que quer que seja, não fosse o concerto de uma das suas bandas preferidas desde que se lembra de gostar de música estar neste momento a decorrer no país vizinho. 

 

Agora a sério, eu juro que se deus existir e tiver mesmo os tais desígnios, vou pedir-lhe uma cópia dos meus. Depois levo-a para casa e preparo uma refeição rápida, provavelmente de microondas ou pizza congelada. Vou analisar o documento com cuidado, se tiver necessidade pedirei ajuda para a empreitada, e vou procurar até o mais ínfimo pormenor por um erro, pois se deus existir é imperfeito e igualmente imperfeitos serão os seus registos arquivísticos de desígnios. Depois de observado e identificado o erro vou esperar pelo dia seguinte, por volta da hora de almoço, altura em que, de t-shirt branca (provavelmente Fruit of the Loom) e calções gastos e curtos vestidos e uns ténis velhos e rotos calçados, estarei à porta do escritório onde deus tenha estabelecido o seu negócio. Bato à porta, três batidas, como nos filmes, secamente repenicadas com as falanges do indicador esquerdo dobradas sobre a porta. Ele dirá para eu entrar e eu entrarei, e entre rodar a maçaneta para o lado esquerdo, fechar rapidamente a porta, saltar para cima da secretária e atacá-lo, primeiro a murro, depois com um agrafador e mais tarde com um pisa-papéis, arrancar-lhe os olhos e comer-lhe parcialmente a cara ainda irá algum tempo, mas eu não saberei precisar quanto. Irei apenas saber que é o tempo exacto, o estritamente necessário para ser declarado inimputável. Inimputável que chegue para não cumprir pena e simultâneamente não ser internado, safando-me com um castigo menor. Castigo esse que me permitirá (nunca a menos de 500m por respeito a alguma lei que se possa impor) ver deus, um deus cego e desfigurado por se ter enganado e me ter feito perder o concerto de Descendents.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

You have the right to remain violent

Os chapéus de palha são a maneira que a natureza arranjou de nos dizer que os atrasados mentais também gostam do Verão.

Vice

Já me ia esquecendo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Too many cooks

Ainda bem que a família do Cristiano Ronaldo tem uma discoteca em Vilamoura, no Algarve não é nada fácil comprar azeite depois da meia-noite.

Harvest breed

A prole da Bibá Pitta parece a lista de pratos de um snack-bar: há o normal, o infantil e o especial.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Weightless & horizontal

Foi apresentado há pouco tempo o material mais leve do mundo. O cérebro da Cristina Ferreira já veio perguntar porque é que ninguém lhe disse que a posição estava vaga.

Swing a little taste

Eu quando quero fritar um bife preciso de quatro colheres de azeite, ao Cristiano Ronaldo basta espremer a t-shirt para a frigideira.

Inner most need

Há quem diga que a beleza das pessoas está no interior mas uma vez vi um gajo que se atirou para baixo de um comboio e só vi moscas.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Old, new, borrowed and blue II

O José Hermano Saraiva estava para a história como um mitómano está para a verdade.

Old, new, borrowed and blue

Morreu hoje o historiador José Hermano Saraiva mas se fosse ele a contar de certeza que não era bem isto que se tinha passado.

Campfire Kansas III

Ao contrário do que dizem os críticos do Alberto João Jardim, as coisas na Madeira não são só fogo de vista, também há fogo de mata, casas, armazéns, escolas...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Campfire Kansas II

Alguém que diga à Madeira que a altura das fogueiras é no São João.

Campfire Kansas

A Madeira está a arder, ter o nome que tem não ajuda nada.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Should have known

Acho incrível que ainda não se tenham lembrado de chamar a EMEL para tratar do crédito malparado.

Fuel for the hate game

A Sofia Aparício é como a bateria do meu telemóvel, quando só tem uma linha não funciona.

They made a mistake

Tenho a casa tão suja que os meus vizinhos já começaram a falar comigo em romeno.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Litmus test

Foi aprovado o primeiro teste caseiro de HIV. Antigamente bastava saber se usavam sandálias ou gostavam de Elton John.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Youtube series XLIII

Cada vez tenho mais certeza de que a radioactividade é o menor dos problemas do Japão.

 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Boomboxes and dictionaries

Glory hole: buraco nojento e deprimente onde só os desesperados enfiam a pila.

Gajas que tenham participado na Casa dos Segredos: Cfr. Supra.

Within one universe there are millions

O Bosão de Higgs é como o gosto do Cláudio Ramos por pilas, há muito que se falava nisso mas só há pouco tempo foi confirmado.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Who sold out now

Hoje é dia de separar o trigo do joio: há a malta que vai ao Sumol Summer Fest e depois há os que têm bom gosto.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

The long drive

Há cada vez mais desempregados, o fim da Segurança Social está à vista e vai ser um ano negro para a restauração e para os portugueses em geral, mas vejam as coisas pelo lado positivo: há um ano que não há concertos do Angélico.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

True colors

Uma vez a preta da minha turma disse que ficou verde de inveja por eu ter tido melhor nota que ela mas eu não notei nada.

Watermelon in Easter hay VII

A preta da minha turma não era muito esperta. Cada vez que se dizia "cada macaco no seu galho" a professora tinha de a ir buscar à árvore que havia no recreio.

Pit of equality

Sou a favor da igualdade para os homossexuais, por mim identificavam-se todos com o mesmo ferro de marcar.

Gold teeth on a bum

A medula está para os doentes de leucemia como os dentes estão para os romenos, feita em merda.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mighty healthy

Na língua do Eusébio SNS diz-se FPF.

his eyes, a thorn in my side

É uma ironia do caraças que o estrábico do Medina Carreira participe num programa chamado Olhos Nos Olhos.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

None

Há uma grande abundância de apoiantes da selecção portuguesa de futebol, algo que se pode confirmar com mais rigor durante as fases finais das competições internacionais de selecções. Trata-se de uma simples observação que nada tem de errado, tanto na forma como no conteúdo e, portanto, num primeiro plano estou certo. Quanto a um segundo veremos. Ei-lo: há depois um outro número, talvez não tão abundante mas de certeza muito mais irritante, que são aqueles adeptos da selecção todos eles extremamente felizes e sorridentes, paladinos do optimismo cego, caixeiros-viajantes de um tipo de patriotismo desportivo que alguns de nós se recusam a comprar. Alguns até mudam o guarda-roupa durante as provas como prova da dedicação à equipa nacional. Outros saem mais cedo do trabalho ou abrem excepções no orçamento doméstico para acompanhar com as devidas calorias as jogadas de Nani e companhia. Muitos apostam na regurgitação de frases de apoio e análises aos jogos da equipa, aposta ganha pelo poder epidémico das redes sociais; há ainda os que apostam dinheiro. Outros tantos esforçam-se de tal maneira a filosofar dentro das 4 linhas que é frequente, nas suas expressões de apoio bajulatório, confundirem optimismo com positivismo. Não é grave, o mais provável é que Comte também não se desse ao trabalho de decorar a convocatória da selecção portuguesa. Eu já apoiei a selecção, juro que sim, com direito a cadernetas da Panini religiosamente completadas e tudo, mas nestes últimos anos tenho vindo a fermentar um nojo sincero por tudo aquilo que rodeia a selecção e o efeito que isso tem na vida dos portugueses. Desde o primadonnismo dos jogadores estimulado pelos media (sobre estes nem falarei pois o que me sobra em nojo falta-me em tempo), até à duvidosa gestão da FPF com gastos ofensivos que tantos portugueses desculpam com justificações estúpidas (porque para a prodigalidade com fundos públicos só na estupidez se encontra justificação), passando pela UEFA de Platini e pela organização do Euro 2012 por países ao nível de uma China no que toca a limpar as ruas e a arrumar a casa, culminando na alienação temporária dos cérebros portugueses sobre aquilo que realmente os devia fazer pensar. E o que me irrita nessas pessoas que se animam durante 90 minutos de uma maneira que faria inveja a qualquer um, não fosse a acefalia que lhe está associada, é que não percebem, simplesmente não percebem o efeito que este pani et circenses tem nas suas vidas. Talvez daqui a uns dias abram os olhos ao acordarem da modorra que é o sonho do Guilherme, o garoto da Galp. A mesma Galp que neste momento compra barris de Brent ao preço de 2010 e vende gasolina ao preço de… Bem, quase ao preço que lhe apetecer, na verdade. Talvez abram os olhos para a bastonada dada nas pernas da liberdade de imprensa e que a prostrou aos pés do ministro Miguel Relvas, ou para o coma europeu que se aprofunda depois das eleições gregas e da camuflagem da situação espanhola, ou talvez leiam os rodapés dos noticiários e se iluminem para mais uma derrapagem orçamental em vista. Eu sei que me torno um alvo fácil por esta causticidade toda e por apoiar um clube de futebol em oposição à renuncia em apoiar a selecção nacional mas um clube é privado, não se tem de justificar o gosto. Com a selecção é diferente mais ainda na situação em que está o país e, novamente, essas pessoas não vão perceber porque quando argumentam com o prestígio que uma selecção pode dar a um país esquecem-se do estado em que está o vencedor do Euro 2004. Mas o que me irrita mesmo é que, quando confrontadas, o mais eloquente que se consegue destas pessoas é uma variação qualquer da frase “há pessoas que só estão bem a dizer mal”. Além da beleza que uma contradição entre bem e mal (como céu e inferno, Verão e Inverno ou Postiga e golos) pode dar a uma observação tão pouco perspicaz, há ainda uma espécie de hipocrisia involuntária em criticar os que só estão bem a dizer mal, pondo à vista o círculo vicioso onde quem observa e contradiz os maldizentes se alista automaticamente no mesmo clube. Este é o tipo de gente que faz de Portugal um país onde as pessoas são capazes de jantar todos os dias omelete mas insistem em dizer que usam ovos Fabergé, um país de ruas da Betesga em rossios e peneiras em dia de sol. Um país onde se substitui sem vergonha o interesse pelos erros governativos e as injustiças que daí vêm pelos golos do Cristiano Ronaldo e onde as estatísticas mais debatidas se referem às assistências feitas pelo Coentrão. Depois da vitória de ontem frente à República Checa é possível que a selecção nacional vença o Euro 2012, mas o que podia importar realmente Portugal perdeu há já muito tempo: o juízo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Distill (watching the swarm) II

O desemprego está para Portugal como as doenças venéreas estão para África.

Distill (watching the swarm)

"Deficientes mentais na UE continuam a ser vítimas de discriminação" mas Portugal é uma das excepções, por cá até lhes dão cargos públicos e tudo.

Inside it all feels the same

As mulheres são como os brindes dos Ovos Kinder: umas são divertidas e dão para montar mas outras um gajo só fica a olhar e a pensar que de raio merda é aquela.

Missing a warm light II

Tenho tantas saudades para matar que não sei se apanhe um avião ou compre um revólver.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vice

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Da mystery of chessboxin'

No xadrez os bispos comem na diagonal, na igreja católica comem de quatro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Counterparts and number them

Hoje por ser dia mundial da criança decidi fazer uma lista de coisas que as torna tão especiais:

- Não percebem piadas
- Mijam e cagam em qualquer lugar e demoram anos a perceber que é errado
- Afogam-se facilmente
- Não apreciam boa música
- Choram por tudo e por nada
- Acreditam em tudo o que lhes dizem e pensam que tudo o que dizem é verdade
- Precisam de ajuda para tudo
- São baixas e limitadas
- Não têm conversas interessantes
- É crime bater-lhes
- São quase todas iguais
- Perdem-se com facilidade
- Exigem demasiada atenção mas têm dificuldade em mantê-la
- Comem lixo
- São barulhentas
- Desarrumam tudo
- Não têm seios
- Não sabem falar correctamente
- Acordam demasiado cedo
- Lidam mal com a negação
- Acham que gritar é a melhor maneira de chamar a atenção dos outros
- Passam a vida no chão
- Quando vêem um poço atiram-se lá para dentro e se morrem a culpa nunca é delas
- Têm medos estúpidos
- Acham que a televisão é a melhor coisa do mundo
- Não sabem agarrar em animais
- Querem saber tudo mas nunca percebem nada
- Não têm maneiras à mesa
- São chatas e repetitivas
- São frágeis
- Mexem em tudo
- Nunca estão quietas e  quando é preciso que se mexam ficam paradas
- Cansam-se facilmente
- Não dão valor a nada
- São caras
- Não têm cuidado com a higiene
- Estão sempre rodeadas de outras crianças
- Têm ambições parvas
- São egocêntricas
- Não trabalham
- São materialistas
- Fazem birras
- Exageram em tudo
- Não sabem mentir mas fazem-no
- Têm pouca memória
- Tornam tudo mais triste (por exemplo, se um adulto morre é triste mas se for uma criança é muito triste; por outro lado, se uma criança diz um disparate enquanto se borra nas calças é divertido mas se for um adulto é muito triste)

None

Pico, 31 de Maio de 2012

Caro Fernando,

Hoje traí o motivo mais forte da nossa relação, o único na verdade. Demorei alguns dias a pensar se o devia fazer, procurei soluções e por fim decidi-me. Fui em frente. Não foi fácil, por favor não julgues que o tenha sido. Os passos que tomei doeram a cada movimento e procurei durante todo o caminho por desculpas que me pudessem atrasar. Era necessário, entendes? Precisava de mudar, não digo uma mudança séria mas, pelo menos, um corte, algo que me aliviasse deste fardo. E que fardo! Se ao menos o pudesses ver ali caído como cachos talvez compreendesses mas assim não tenho a certeza. Oh, a memória de vê-los no teu chão e não neste... O chão, os espelhos, a técnica e os movimentos e a maneira de o tocar foram de tal modo diferentes que nada ficará igual. Já não me recordo da última vez que uma mulher lhe tinha tocado, desta forma quero eu dizer. É uma grande mudança para mim, sabes? Estou neste momento mal disposto e talvez se deva ao que fiz apesar de o ter feito por simples necessidade e não por um qualquer capricho de traidor. Talvez a necessidade não seja assim tão simples mas está feito e agora de nada vale discorrer sobre a mesma. Como disse foi uma mulher, as mãos dela tocaram-me e retocaram-me e se devo apontar-lhe alguma falha apenas referirei que não o humedeceu antes, como sempre tiveste o cuidado de fazer. Recordo agora os tempos em que chegava e te via e me sorrias com o buraco de um dos molares superiores a sorrir também. Por vezes tinha de esperar e apesar de te saber concorrido sempre esperei, e quando dizias que já não dava e me aconselhavas a voltar outro dia eu aceitava com a certeza de que havia de regressar para as tuas mãos. Nesse tempo que dedicávamos um ao outro as tuas mãos pertenciam-me e eu, em parte dominado pelo medo de me magoar, ficava imóvel à mercê delas. A atenção que tinhas era toda para mim e com a delicadeza que te vive apenas na ponta dos dedos fazias a tua arte. De barba e careca ruivas, a bata verde morto ou branco vivo e sempre com um comentário xenófobo ou um apontamento sobre caça prontos a quebrar o silêncio que raramente aparecia, lá me cortavas o cabelo. Esses tempos foram agora alterados para sempre e a mantê-los vivos fica a memória e a certeza de que voltarei a sentar-me na tua cadeira, ainda que não saiba quando. Deixaste de ser exclusivo e é exactamente isso que te quero dizer com esta carta. Desta vez quem me cortou o cabelo foi outra pessoa, uma mulher, uma desconhecida, uma "estrangeira" se aí falássemos deles como cá falam de nós. Calou-se sempre e quando falou foi sempre por minha iniciativa e sempre num tom forçado e desconfiado. Ao contrário de ti, que a tens redonda, esta tinha uma face longa, uma expressão equídea, e se "a cavalo dado não se olha o dente" arbitrasse as pessoas que trabalham com cabelo estarias em desvantagem mas, que fique claro, somente pela comparação de dentaduras. Não se pode dizer que era feia e com certeza lhe apreciarias o rabo muito melhor que eu pois tenho para mim que um homem da tua idade e aspecto, além de casado, a certa altura diminui as exigências para manter viva a ilusão de que a lamparina de galã ainda tem azeite suficiente que a faça brilhar. Sobre a cabeleireira não sei o nome, apenas decorei que tem um filho na fisioterapia tal foi a pobreza da conversa. Tu tens filhos e filhas e deles sei muito mais, bem como de mim conheces o suficiente para mantermos os nosso diálogos sem dificuldade. Além disso, entre os teus clientes encontro amigos e familiares e isso nota-se sempre que repetimos um assunto como se a afinidade estivesse decorada. Esta não usou uma lâmina para me rapar a nuca e no final não me salpicou o pescoço com álcool seguindo-se umas palmadas agradáveis. Por causa dos nervos e do ar condicionado suei o tempo todo e não foi pouco, foi muito, tanto que à segunda vez o ar do secador veio frio. Entendi isto como uma pequena atenção da parte dela mais pelo incómodo que lhe causava o brilho da minha testa do que pelo meu conforto enquanto cliente. O preço do corte é igual ao que cobras mas este custou-me mais a pagar. Quanto ao tempo sobe para o dobro, se aí as visitas eram curtas e simpáticas esta foi longa e aborrecida. O cabeleireiro (não imaginas o que custa associar-me a esta palavra) fica no interior de um hotel e não no início de uma avenida com a porta sempre aberta para quem quiser parar e disparar um impropério ou dizer olá. Também não tem um canário amarelo nem uma televisão onde praticamente só se vêem programas sobre a vida selvagem. Em miúdo cheguei a cortar o cabelo num barbeiro recheado de calendários religiosos antigos e fotografias do João Paulo II e onde no meio disto se anunciava numa folha A4 a venda de mel "ao natural". Por receio de que o anúncio se materializasse num velho nu a negociar o doce referido nunca cheguei a perguntar o preço dos frascos. Uma vez ao ver-me esperar perguntou o que é que ia ser, respondi-lhe que queria comprar arame farpado e ele mandou-me sentar, ignorando o sarcasmo. Doía-me sempre a cabeça depois de sair, parecia que cortava o cabelo à paulada. Contigo nunca foi nada disto e o único réclame que tens na parede é de um homem que renova licenças de arma e cartas de caçador, por certo um favor concedido a algum companheiro de tiros. Lamento ter sido eu e não a reforma que há anos ameaças (se bem que a da SPAL já ninguém te tira) que tenha levado a este meio, porque isto é apenas um meio e não o fim. Durante anos pensei que não cortaria o cabelo em outro lugar se não aí, o mesmo vale para a leitura da versão física do Correio da Manhã. Mesmo não gostando de admiti-lo sei agora que não era verdade, isto em relação ao cabelo, quanto ao jornal mantém-se e desde o nosso último encontro que não pego numa edição do dito cujo. O cabelo não ficou como fica quando são as tuas tesouras mas está próximo e, apesar de tudo, estou satisfeito. Continuarás a ser o meu barbeiro e noutras condições não o diria mas por agora a exclusividade terá de ficar suspensa. Espero que a caça vá bem e os níveis de colesterol também.


Abraço,

Rocco


P.S.: Já conseguiste pôr o anúncio de não sei o quê que querias vender no Olx?

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Film noir

Ir ao cinema é como sexo: é estúpido pagar por algo que se pode ter à frente do computador.

Some kind of nature

"Get down!", yelled nature to Bibá Pitta's third embryo.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

You can't unring a bell

É verdade que há certas coisas que os gordos não podem fazer, comer pouco é uma delas.

Won't change for me

Azar do caralho foi ter morrido o Angélico e logo a seguir aparecer o Angel-O.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

The kids will have their say

Em África,

- O que é que queres ser quando fores grande?
- Gordo.

Extinction burst

Não sei o que será mais difícil encontrar em África, se um rinoceronte-negro ou um obeso.

you can sell anything

Não é só o Pingo Doce que faz dumping, o Sporting também.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A three legged workhorse

Há dias em que trabalhar é uma dureza.

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

A singer must die

Passam hoje dois anos sobre a morte do cantor Beto mas vou conter-me na reacção... Não acho que se deva beber champanhe por tão pouco.

Philos


Se na altura deus soubesse desta possibilidade tinha poupado um trabalhão a Moisés.

The last lost continent II

O Festival Eurovisão da Canção é o maior exercício de masoquismo colectivo que conheço, até estranho não ver mais mordaças e cabedal no público.

The last lost continent

O Festival Eurovisão da Canção é a prova de que ainda há algo que une os europeus: a estupidez.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Behind the screen

Os efeitos especiais usados nas séries portuguesas são tão especiais como aquele garoto que na creche ficava a um canto a babar-se enquanto os outros brincavam.

Put it in the pocket

Vê-se mesmo que estamos em crise, até a Fernanda Serrano já começou a poupar no cancro.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sexual abyss

A diferença entre eu a comer tempura e um necrófilo é que eu deixo sempre arrefecer primeiro.

Thought vacation

Quando a Elsa Raposo descobriu que os hindus não comem vaca, desistiu logo das férias na Índia.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ears have you

No fim de semana que passou queimaram-se 31 toneladas de cera no Santuário de Fátima. É mais ou menos o que a mulher-a-dias do Luís Filipe Vieira queima às Terças-feiras.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

When forever comes crashing

Um rapper, um escritor e ilustrador e um pianista. O inferno se existir está em promoção e cada vez melhor frequentado.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Spendind the afternoon in a slowly revolvin' door

Os voos da TAP são como a filha da Bibá Pitta na escola, estão sempre atrasados em relação aos outros.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quero

Se volto a ouvir a música da Miúda espeto uns pregos num bastão, vou até casa dela e também faço o que me apetece.

Playground ghosts

sexta-feira, 4 de maio de 2012

All new low

I'm like a news magazine, I've got issues.

Theoretically driven

Há mudanças de sexo tão bem feitas que só se distinguem pelo estacionamento paralelo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cross them out

Tenho os sonos como os olhos da Rita Pereira: trocados.

Linear failure

A Playboy portuguesa continua a ser uma porcaria, conseguiram pôr mais nudez numa capa com Jesus Cristo do que com a Rita Pereira.

Eye spy

Ainda não percebi se a capa da primeira edição da nova série da Playboy portuguesa é para ser sensual ou para sensibilizar sobre doenças oftalmológicas.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

None

“Em terra de cego, quem tem um olho é rei”, um olho ou promoções com tudo a metade do preço. Há umas horas o Pingo Doce fez um teste, sabia que seria difícil e como tal preparou-se de forma exemplar: escolheu o dia da prova com mestria e sem grande alarido deixou a equipa de marketing a trabalhar com afincada dedicação na compra de mais uns milhares de almas, apenas distraída quando os corninhos e a cauda começavam a ficar à vista. O resultado: um enorme volume de publicidade gratuita e o feriado que se lixe, até porque, assim como assim, já está lixado há alguns anos. Os norte-americanos, que sempre nos têm habituado a expressões orelhudas, em 1929 gritaram “Crash!” e logo a seguir chamaram-lhe Black Tuesday. Mais um nome que os yankees colocavam na história, em parte devido ao rigor com que resume os tempos difíceis que vieram para as famílias norte-americanas depois dessa Terça-feira sob pressão mas também considerando o dia da semana. Afinal de contas, e respeitando o rigor cronológico que à história se exige, tratou-se mesmo de uma Terça-feira. Curiosamente, e é aqui que nos começamos a fartar das coincidências, foi também a uma Terça-feira, 4 de Maio, que no ano de 1886 durante uma manifestação de trabalhadores em Chicago, alguém mais entusiasmado lançou uma bomba contra uns polícias. Morre gente, gente cai, dispara a bala, bala dispara e mais uma vez se fazia história, violenta, pois claro, que é a mais romântica de se contar. Um horário de trabalho digno era o que se exigia e foi preciso dinamite para o alcançar, com isto não me chego nem perto à vermelhidão que as conseguiu mas tiro-lhe o chapéu com a pompa que nem o Papa receberia se me deixasse passar à frente na fila do supermercado. Para comemorar os acontecimentos de Chicago decidiu-se parir o 1º de Maio Dia do Trabalhador, este ano Terça-feira dia de descontos no Pingo Doce. Serviu esta introdução para ponderar sobre o nome que se ajustará ao dia 1 de Maio de 2012 em Portugal: Dia do Trabalhador ou Terça-feira Negra. Por um lado, temos os sindicatos e as organizações de trabalhadores a celebrar o seu dia (que é de todos) com manifestações, festas e outros eventos, tentativas umas mais dignas que outras de marcar um feriado que se acaso fosse esquecido deixaria a porta aberta para um lugar certamente estranho. Do outro lado o Pingo Doce com os estacionamentos lotados, reforços policiais à entrada, confusão e batatada, prateleiras vazias sobre prateleiras vazias e carrinhos de compras cheios sobre carrinhos de compras cheios. Os portugueses onde andavam? Às compras e aos empurrões, quase em pânico, segundo alguns relatos. Estava tudo a 50% queriam o quê, dignidade? Filas com horas de espera, ordens de entrada e saída para as caixas registadoras puderem escoar, numa exaltada afluência de fazer inveja às últimas presidenciais. Não tenho nada contra campanhas de promoções, pelo contrário, nem tão-pouco vejo nas grandes superfícies a passagem para o fim do mundo. Acho que de certa maneira o mercado livre é uma entidade bela e libertadora ao qual só não se adapta quem foi mal habituado, como os bebés que mamam para lá dos dois anos (num misto de incesto e pedofilia suportado por um academismo neo-hippie que além da paz e amor, apoia as mães que querem amamentar até os filhos irem para a faculdade). Não, nada contra. Aliás, o Pingo Doce não só lucrou como um porquinho como encheu a despensa de muito boa gente também como um porquinho e apenas por metade do preço, ou já se esqueceram da crise? O que se podia ter pedido, que respeitasse o feriado? Por essa lógica a 25 de Dezembro nenhum cristão seria pai e no Carnaval a Teresa Guilherme seria obrigada a ficar em casa para não impressionar os mais sensíveis com a máscara que a natureza lhe deu. Não, nada contra. Só me aborrece que tenha sido preciso uns saldos para os portugueses demonstrarem aquilo de que são capazes. Tivessem mostrado nos últimos anos a mesma determinação em conseguir papel higiénico barato e a mesma capacidade de resposta quando a prateleira dos detergentes esvazia mas a dos enlatados é reposta e talvez não precisassem de tais barganhas.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ordinary people do fucked-up things when fucked-up things become ordinary

A partir de hoje há um novo ditado: diz-me se foste ao Pingo Doce e dir-te-ei quem és.

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Há 67 anos atrás a Blondi (uma cadela, não a banda) acordou e deu ao rabo. Porquê? Sei lá, é o que os cães fazem: comem, dormem, brincam, dão ao rabo – à cauda na verdade – e lambem os próprios genitais. É a única coisa que lhes invejo, lamberem os próprios genitais e ainda assim ter as pessoas a sorrir-lhes, a dar festinhas e a chamar beijos às lambidelas que recebem dos bichos. Eu se lambesse a cara a alguém depois de dez minutos a salivar sobre os meus genitais seria um porco depravado com causa provável para uma estreia em tribunal. Um cão é fofinho. A Blondi (a cadela, não a banda) era uma pastora alemã. Obviamente. Em pequena gostava de comer, de dormir, de brincar, de festinhas e de destruir coisas com os dentes o que lhe valeu umas boas arrochadas até aprender, após apanhar o bastante, que a raiva e adrenalina que concentrava em rasgar chinelos, jornais e sapatos fazia muito mais pelo regime e pelo dono quando aplicadas a judeus e ciganos. Pelo menos era o que o dono dizia e a Blondi (a cadela, não a banda) como boa cadela que era, fiel companheira e animal bem mandado ofegava com a língua de fora, focinho rasgado em sorriso e a cauda qual hélice espanador a dizer que sim, que sim, apesar de só conseguir ladrar de volta. Ao menos ladrava em alemão. Obviamente. Nessa manhã a dona acordou com ela (ou já era tarde? Sem ver a luz do dia há duas semanas torna-se difícil adivinhar. Além disso desde que se mudaram – para lá de 3 meses que nestas coisas das datas os cães são muito chatos – que o cheiro lhe viciava a orientação. Até a ela, à Blondi (a cadela, não a banda) começava a incomodar respirar dentro do bunker. Não é por nada mas até um cão reconhece os avanços na higiene pessoal desde 1945), chamava-se Eva mas a pastora alemã, se falasse, chamar-lhe-ia vaca de merda, pão sem sal do caralho ou apenas puta. Não se trata de vernáculo desbocado, longe de mim, mas se a Blondi falasse (a cadela, não a banda) teria síndrome de Tourette, tão certo como ladrar em alemão. Obviamente. O dono acordou mais tarde, estava mais magro e a barba ia agora para o terceiro dia sem ser cortada. Guten tag meine Schatz, disse ele ainda ensonado, ao que a puta (a Eva, não a Blondi (a cadela, não a banda)) respondeu com outro guten qualquer coisa. Depois baixou-se à altura da cadela e afagou-lhe a cabeça. Num tête-à-tête fraterno, suficientemente próximo para sentir o bafo quente do animal, disse em tom de acrescento ou como quem quer esclarecer alguma coisa “sim, para ti também Eva” e foi lavar a cara. A cadelinha gostava da atenção e se achasse, acharia que podia viver sempre assim, mesmo com saudades de correr ao ar livre e assustar a malta dos pijamas, ainda que naquela altura pouco lhes sobrasse para abocanhar. No bunker havia algumas crianças o que não a aborrecia de todo e de vez em quando saia para passear, algo que não fazia desde que as paredes começaram a estremecer com mais força e durante mais horas mas cuja memória ainda dava para acalmar a vontade. De forma geral dir-se-ia que estava feliz e quando o tempo era chato e o ar pesava tinha sempre os genitais para lamber ou um sapato roubado que pudesse roer e lambuzar. Nesse dia deram-lhe comida a mais, sobras da noite anterior. Tinha havido uma espécie de festarola com o dono e a Eva a assinarem uns papéis e a beijarem-se de seguida. Estranhou a fartura principalmente porque já há dez dias tinham comido bolo de aniversário e nos últimos tempos nem as crianças escapavam ao chucrute de lata. Houve charutos e cigarros de boquilha, conhaque, whiskey, champanhe e bombons e dançou-se ao som da grafonola que variava entre Pfitnzer e Wagner. Obviamente. Que porcaria de música ouve esta gente, pensaria a cadela se pensasse. O dono discordaria da canina opinião mas também ninguém pede a um cão para animar a noite com o seu gosto musical; qual gosto musical!, a Blondi (a cadela, não a banda) comeu até se fartar e depois rebolou de cansaço. Para a sobremesa as criancinhas tinham reservado uma brincadeira de cowboys e ela tinha sido escolhida para o papel de cavalo; vá lá que não se lembraram de brincar à invasão de Troia. Dezenas de “hi-yo, Silver!” depois e a Blondi (a cadela, não a banda) estava estafada e sem fôlego, de língua à banda na alcatifa que minutos antes se enchera de areia de deserto, penas de índios e foras da lei mascarados. Tal era o cansaço que nem estranhou quando o médico se aproximou dela, primeiro com meiguice e depois com firmeza pois é firmeza que se quer quando se agarra um animal pela gorja. Blondi numa mão (a cadela, não a banda) e seringa na outra com o fino tubo de metal no ar, brilhante e em repuxo só para confirmar que dali saía o pretendido líquido. Tudo pronto, pontualidade germânica. Obviamente. Um ganido, talvez dois, e a pastora alemã passava a memória de cão em cabeça de homem, do homem, já que a mulher, a puta, a Eva, sabia que o destino lhe seria semelhante. Eva, crianças e demais todos corridos a cianeto colhido em pequenas cápsulas, sem barulho e sem sujar que assim ficava tudo limpo e igual a antes. Talvez pensassem que os deixariam ali envernizados como atracção de museu, não os deixaram a eles mas deixaram outros tal era a distância do engano a que estavam os suicidas do bunker. Blondi (a cadela, não a banda) e os outros já lá iam e a Europa a caminho, quando poucos meses depois a D. Catarina e o Sr. Ricardo de Miami adoptaram a Débora. Muito rebelde era a Débora, tão rebelde quanto bonita e loira, muito loira. Não foi educada à pancada nem aos "senta, Débora" e "dá a pata, Débora", não fez de cavalo para ninguém e tão-pouco há relatos de que tenha lambido os seus próprios genitais. Também não há relatos de alguma vez ter sido cadela, apesar de uma coisa não impossibilitar a outra se a flexibilidade for treinada com insistência e uma boa dieta e do punk ser famoso pelas suas bizarrices. Não sei se conhecia a Blondi antes de fundar a banda que a tornou famosa mas bastou meter-lhe um “e”, cantar meia dúzia de músicas depois, new wave para ali, new wave para acolá e nascia mais uma estrela de rock platinada. Bonita, loira e famosa, assim continua a vocalista dos Blondie. Animal, morta e desconhecida, assim foi a cadela de Hitler. As efemérides são fodidas.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

The powerful fully transistorized Dick Tracy two-way wrist radio

Há coisas que ainda não percebo relativamente à transexualidade, muda mesmo tudo ou um gajo continua a saber o que é um fora de jogo?

Egyptynlvr II

Além da legalização do sexo com mulheres mortas, a proposta de lei do parlamento egípcio sugere ainda baixar para 14 anos a idade mínima legal para casar. Isto não é um pacote legislativo, isto é um pacote de férias para o Carlos Cruz e a Catalina Pestana.

Egyptynlvr

"Egipto prepara-se para legalizar sexo com mulheres mortas". Odete Santos prepara-se para emigrar para o Egipto.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Daily grind

"Há uma nova droga a entrar na Europa todas as semanas", já no Jorge Palma é todos os dias.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Death of a clown II

Francisco Louçã já reagiu à morte de Miguel Portas perguntando entre soluços: "e agora quem é que me faz os filtros?"

Death of a clown

O deputado europeu Miguel Portas morreu hoje de cancro. Estes políticos fazem mesmo de tudo para não trabalhar!

Out of state case

Mandei uma cagada tão grande que mais um bocado e reabriam o Processo Casa Pia.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Fell, destroyed

Avião com 127 pessoas a bordo cai no Paquistão. A empresa Brise já se disponibilizou para ajudar na remoção do cheiro a caril da zona do acidente.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fetishized facts

Fico sempre impressionado quando oiço falar em fetos encontrados em sacos de plástico. Tão novinhos e já com fetiches por látex.

Love as arson

Segundo o poeta o amor é fogo que arde sem se ver. Não sei se para a Sónia Brazão foi amor mas que ardeu como o caralho, lá isso ardeu.

Walk, don't run

Temos tão pouca tradição em velocidade que até o país destruímos Passos a Passos.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Food is still hot

Manteiga sem sal é como uma gaja sem mamas, até se come mas não é a mesma coisa.

Withering heights

A diferença ente a Luciana Abreu e uma grande vaca é que a Luciana Abreu só tem 1,61m.

terça-feira, 10 de abril de 2012

So long and thanks for all the shoes

Hoje é o Dia sem Sapatos ou como o meu vizinho angolano lhe chama: a minha vida antes de emigrar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Please don't talk about murder while I'm eating

Uma explosão no Teatro Nacional da Somália vitimou hoje pelo menos dez pessoas. Os representantes do Programa Alimentar Mundial em África já se pronunciaram sobre o atentado terrorista dizendo "mais sobra".

Darn that dream

Passam hoje 44 anos desde a morte de Martin Luther King e isto só me faz pensar no quanto a vida é injusta, o Tony Carreira também passa a vida a dizer que é um sonhador e ainda ninguém lhe espetou um balázio nos cornos.

domingo, 1 de abril de 2012

Pent-up house

Tinha a casa tão suja que antes de a limpar era um T1 e agora é um T3.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Mirror shows back

Se os olhos são mesmo o espelho da alma significa que o José Cid só reflecte metade.

Serve and neglect

P: como é que se afastam as moscas da cozinha?
R: pede-se um filho emprestado à Angelina Jolie e põe-se na sala.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Desperate measures

A ginástica orçamental do governo português parece um texto corrigido com corrector, alguns erros são disfarçados mas não dá para apagar a burrice.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Together in stupidity

Começou mais uma temporada de Ídolos mas não vou fazer piadas sobre o programa. A SIC tratou disso quando escolheu o Tony Carreira para o júri e não há punchline como as audiências que este tipo de programas alcança em Portugal.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mending is better than ending

Ainda está para nascer o dia em que uma massagem cardíaca vem com final feliz.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Two of a kind

Se a Bibá Pitta escrevesse poemas podia-se dizer que hoje matava dois coelhos de uma cajadada só.

Always read the label

Para quem não sabe o que oferecer neste dia internacional da síndrome de Down eu sugiro um livro, nunca nos deixam enganar.

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terça-feira, 20 de março de 2012

Flood of '72

Uma vez choveu tanto que a minha garagem ficou a transbordar de lixo e porcaria, parecia o metro em hora de ponta.

Guard your grill

Se há pessoa a quem nunca pediria para guardar alguma coisa com a vida é o Manoel de Oliveira, o que quer que fosse acabava por estragar-se.

No cigar

Recordo-me de há uns anos atrás ver um anúncio onde se dizia que "beijar uma mulher que fuma é como lamber um cinzeiro." Segundo esta lógica dar um beijo de esquimó à Sofia Aparício deve ser como ir à Colômbia.

terça-feira, 13 de março de 2012

Space fertilizer

Por cá há quem não tenha onde cair morto, já em África aproveitam cada espacinho.

A cheery wave from stranded youngsters

O futebol é como a pedofilia, quando apostam nos mais novos acabam sempre por foder tudo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Nails

Eu às vezes não consigo pregar olho, já ao José Cid basta-lhe um prego e um martelo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Father and mother

Hoje é dia da mulher, ou como a filha do Cláudio Ramos lhe chama: o dia em que o papá põe uma peruca e convida uns amigos lá para casa.

terça-feira, 6 de março de 2012

Crisis

O Sporting está em crise e o país está cada vez mais podre, a sex tape do José Castelo Branco não podia aparecer em melhor altura.

Too old

O PCP parece o meu avô: tem 91 anos, acha que ainda estamos nos anos 70 e só diz merda.